No ano em que milhões de brasileiros entraram na linha da pobreza, as 500 pessoas mais ricas do mundo acumularam mais de U$ 1 trilhão (cerca de R$ 5,57 trilhões) em aumento de fortunas, em 2021. Os dados são do Índice de bilionários da Agência Bloomberg.
Ao todo, o patrimônio deste grupo ultrapassa os U$ 8,4 trilhões (R$ 46,9 trilhões). A título de comparação, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, em 2020, chegou ao patamar de R$ 7,5 trilhões, ou seja, o acúmulo de riqueza dos 500 mais ricos do planeta é maior que o PIB individual de todos os países, exceto China e Estados Unidos.
Dez fortunas ultrapassam os U$ 100 bilhões e 200 patrimônios passam os U$ 10 bilhões. No topo da lista está o fundador da SpaceX e presidente da fábrica de carros elétricos Tesla, Elon Musk, que enriqueceu, somente em 2021, mais de U$ 114 bilhões, totalizando uma fortuna de U$ 270 bilhões (o equivalente a mais de R$ 1.480 trilhão).
Jeff Bezos, fundador da Amazon, vem em seguida, como segunda maior fortuna do planeta, com o patrimônio avaliado em U$ 192 bilhões e, neste ano, acumulou mais U$ 2 bilhões de aumento. Bernard Arnault, presidente do grupo Louis Vuitton, acumulou U$ 66,6 bilhões de lucro em 2021, chegando a uma fortuna de U$ 178 bilhões. O brasileiro com a fortuna mais bem avaliada é Jorge Paulo Lemann, aparece em 82º lugar na lista, com US$ 21,5 bilhões.
Efeito pandemia
As medidas de combate à pandemia da Covid-19 foram um dos principais motivos dos ganhos elevados desta pequena parcela de empresários. Segundo o levantamento, estímulos criados pelo Federal Reserve (FED), o banco central americano, ajudaram a alavancar os ganhos nos mercados de ações, entregando ganhos recordes neste ano. “O mesmo aconteceu na União Europeia, explicando o considerável crescimento das fortunas”, afirma o documento da Bloomberg.
Por outro lado, segundo a Agência, a China teve seu pior ano desde que o estudo começou a ser feito, em 2012. Este ano, foram mais de U$ 61 bilhões de perdas das elites chinesas.