Mãe branca é acusada de tráfico de pessoas em viagem com filha negra

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A norte-americana Mary MacCarthy relatou ao Daily Mail ter sido acusada de tráfico de pessoas após viajar com a sua filha negra, de 10 anos, nos Estados Unidos. A mãe contou que viajava de San Jose, na Califórnia, para Denver, por conta da morte de seu irmão e, ao desembarcar do avião, foi informada por agentes do aeroporto que uma comissária havia a denunciado por “comportamento suspeito”.

O caso aconteceu no dia 22 de outubro, quando mãe e filha viajavam pela companhia Southwest. Em um relatório policial, que já foi arquivado após o incidente, havia a indicação tanto da companhia aérea quanto da polícia que a Mary estava “traficando” a criança.

“No dia do incidente, estava claro para mim que minha família tinha um perfil racial”, disse MacCarthy à publicação. Agora, ela contratou um advogado para cuidar do caso. “A companhia aérea e a polícia precisam ser responsabilizadas”, defende.

De acordo com o boletim policial, a atendente disse à polícia que suspeitava do fato das duas terem sido as últimas a embarcar – e porque MacCarthy pediu a outros passageiros que mudassem de lugar para que ela pudesse sentar ao lado de sua filha. A comissária também disse aos policiais que elas não se falaram nenhuma vez durante todo o voo, conforme diz o relatório obtido pelo Daily Mail.

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Após a chegada em Denver, antes mesmo de desembarcarem por completo, elas se viram confrontadas por dois policiais armados, além de um funcionário da Southwest. MacCarthy disse que achava que os policiais estavam lá para contar a ela sobre outra morte em sua família, mas percebeu que não era o caso quando os dois homens da lei começaram a conversar com MacCarthy e sua filha, Moira, separadamente.

“O oficial me disse: ‘Estamos falando com você porque denunciaram você ao piloto por comportamento suspeito’. E então eu soube imediatamente o que estava acontecendo”, diz a mãe.

MacCarthy então explicou aos policiais o motivo da viagem e, segundo ela, a filha chorou durante todo o processo. Além disso, ela afirmou que foram as últimas a embarcarem porque foram designados para o último grupo de embarque pela companhia aérea, por conta da reserva de última hora, e que não se falaram porque estavam tentando dormir após receber a notícia da morte do irmão na noite anterior.

O porta-voz da Southwest, Chris Mainz, afirmou ao Daily Mail que a companhia está “conduzindo uma revisão da situação internamente” e que deverá entrar em contato com a cliente para “oferecer nossas desculpas”.

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