Botijão de gás fica mais caro e em algumas capitais chega a R$109

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Foto: Adriano Abreu

Não é só a conta de luz que ficou mais cara, o gás de cozinha também. De janeiro a junho deste ano, o preço médio do botijão de 13 quilos subiu 13,75%. Mato Grosso é o Estado onde o preço médio do botijão de gás de cozinha (13 quilos) é o mais caro do Brasil, custando R$ 109,01.

Em Rondônia, o segundo Estado onde o produto é mais caro no país, a mesma unidade de 13 quilos custa, em média, R$ 104,91. No Rio de Janeiro, uma pesquisa feita pelo jornal Extra mostra que o botijão chega a ser vendido por até R$ 90.

Ainda assim, o atual nível de preço do combustível é menor do que o de 20 anos atrás, quando se compara com o salário mínimo.

Botijão de gás

Em dezembro de 2001, o GLP custava em média R$ 18,69, o que equivale a 10,38% dos R$ 180 de salário mínimo da época. Vinte anos depois, esse percentual equivale atualmente a 7,95%, com o GLP a R$ 87,43 (média de junho) e o salário mínimo a R$ 1.100.

Os dados dessa comparação constam na série de preços de GLP ao consumidor, consolidados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). São valores médios, e há variações para cima e para baixo conforme as regiões.

Em 2002, o gás de cozinha comprometia quase 13% do salário mínimo daquele ano, o maior valor verificado no período analisado.

A análise não considera a inflação, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Entre dezembro de 2001 e maio deste ano, o indicador registra alta de 218,7%, segundo o IBGE. Desse modo, os R$ 18,69 necessários para comprar um botijão de gás no final de 2001 equivaleriam hoje a R$ 59,56 – cerca de 32% a menos que os atuais R$ 87,43.

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