Vaga de estágio para pessoas negras gera polêmica em grupo de advogados

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A abertura de uma vaga para estágio exclusiva para pessoas negras gera polêmica em grupo de Whatsapp. O escritório Telesca e Advogados Associados anunciou uma vaga de estágio, ressaltando que a vaga era exclusiva para afrodescendentes, porém o anuncio gerou contestação no grupo. Advogados criticaram a postura do escritório e taxaram o anuncio como sendo discriminatório, já outros fizeram piadas de cunho racista sobre a vaga. “Estão lacrando geral, mas essa lacração só está desagradando”. “Acho lindo o racismo contra branco”. “Vamos de lacração, meu líder. O mundo tá gostando”. Esses foram alguns dos comentários feitos por advogados.

Anúncio feito pela Telesca Advogados associados gerou polêmica em grupo de advogados – Foto: Divulgação

Um dos advogados que comentou o anuncio, Renato Pedrosa disse não ter feito nenhum comentário racista e que é contra todo tipo de preconceito. Em um dos registros, o advogado pergunta se pode excluir uma pessoa por ser branca? “Sou absolutamente contra qualquer tipo de discriminação, os prints nos quais aparecem o meu número há questionamentos sobre o porquê de a vaga fazer distinção para a vaga, o que, a meu ver, não faz sentido. Ser humano é ser humano, independentemente da cor”, justifica Renato, em entrevista ao jornal Correio.

Yuri Melo, acusado de ter usado a palavra “macaco” durante as trocas de mensagem, disse ter tido a sua mensagem tirada de contexto. “Estávamos brincando sobre acordar um colega advogado e eu disse que chamaria meu primo ‘macaco’ para isso. Tiraram minha fala de contexto e envolveram nessa questão, me acusando de racismo, o que é um absurdo e um crime”, argumenta.

OAB do Distrito Federal vai abrir processo ético para investigar se ouve discriminação em mensagens divulgadas em grupos de Whatsapp sobre a vaga exclusiva para pessoas negras. O advogado Max Telesca, disse ter ficado surpreso com a reação dos colegas de profissão e comenta que ficou revoltado com o ocorrido. Ele justificou ao Correio que buscou uma política afirmativa e inclusiva para publicar o anúncio.

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