Para priorizar pagamentos de dívidas, 54% dos consumidores pretendem gastar menos nas festas de fim de ano

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Jovens vem se endividando na faculdade

A pesquisa mostra que estar o endividamento também faz com que a pessoa seja atingida no âmbito social, 68% dos entrevistados afirmaram que já deixaram de participar de comemorações por estarem endividados

Entrar o ano com a vida financeira organizada é uma prioridade maior do que celebrar a chegada 2026 para 54% dos entrevistados em uma pesquisa da Serasa, realizada em parceria com o Opinion Box que revelou que os entrevistados pretendem gastar menos do que no ano passado nas festas de fim de ano e que o motivo diretamente associado a essa economia é a necessidade de priorizar o pagamento de dívidas e reorganizar o orçamento doméstico.

Entre aqueles que não abrem mão das celebrações, o levantamento mostra que o teto de gastos também parece limitado, 76% das pessoas que planejam participar das festas estimam desembolsar até R$ 1 mil com despesas como ceias, presentes e confraternizações, o que revela um esforço coletivo de adaptação às restrições financeiras, sem abandonar completamente os rituais tradicionais do período.

Entrar o ano com a vida financeira organizada é uma prioridade maior do que celebrar a chegada 2026 para 54% da população – Foto: Freepik

Controlar o orçamento e se planejar se tornou uma prática cada vez mais frequente, a pesquisa revela que 60% dos consumidores afirmam se organizar especificamente para os gastos de fim de ano, enquanto 46% iniciam esse planejamento antes mesmo do mês de novembro. Ainda assim, o peso das contas segue elevado: 39% dos entrevistados pretendem direcionar mais recursos para quitar dívidas, e 22% já chegam ao fim do ano com débitos acumulados.

As comemorações em família continuam sendo prioridade. Para 87% dos entrevistados, esse é o principal compromisso no planejamento orçamentário do período. Em seguida aparecem as confraternizações corporativas, citadas por 27%, e os encontros entre amigos, mencionados por 23%.

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Quanto às fontes de recursos para arcar com os gastos, 23% afirmam que utilizarão o salário do mês, enquanto 18% contam com o décimo terceiro. Já 15% reconhecem que precisarão recorrer a empréstimos, evidenciando os limites financeiros enfrentados por uma parcela significativa da população neste final de ano.

A pesquisa mostra que estar o endividamento também faz com que a pessoa seja atingida no âmbito social, 68% dos entrevistados afirmaram que já deixaram de participar de comemorações anteriores por estarem endividados

Layla Silva

Layla Silva

Layla Silva é jornalista e mineira que vive no Rio de Janeiro. Experiência como podcaster, produtora de conteúdo e redação. Acredita no papel fundamental da mídia na desconstrução de estereótipos estruturais.

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