As fortes chuvas que atingem o estado de São Paulo em dezembro já deixaram ao menos sete mortes confirmadas e um motorista desaparecido após um temporal em Guarulhos, na Grande São Paulo. Segundo o Corpo de Bombeiros, o carro em que a vítima estava foi arrastado pela enxurrada até um córrego no bairro do Taboão. As buscas foram retomadas nesta quarta-feira (17), com apoio de retroescavadeira para retirada de lixo e limpeza da área.
Na manhã desta quarta, a concessionária Enel informou que 44.530 clientes estavam sem energia elétrica na Grande São Paulo, sendo 28.491 só na capital. O volume de interrupções ocorreu após novas chuvas, agora associadas a uma frente fria, com rajadas de vento e descargas elétricas.

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A Defesa Civil estadual relaciona as mortes a diferentes ocorrências desde o início do mês, incluindo deslizamento, queda de muro, queda de árvore, descarga elétrica e pessoas arrastadas pela correnteza, além de casos recentes em Ilhabela.
Em situações como essa, o impacto costuma ser maior em bairros com infraestrutura mais precária, onde faltam drenagem adequada, contenção de encostas e manutenção de áreas de risco, realidade que atinge com mais força a população negra e periférica, historicamente mais exposta a alagamentos, deslizamentos e interrupções de serviços essenciais. A falta de energia, por exemplo, afeta desde a conservação de alimentos e medicamentos até a rotina de quem depende de transporte público, trabalha em turnos e tem menos margem financeira para reagir a emergências.
Além de São Paulo, o Inmet emitiu alerta máximo de “grande perigo” para efeitos das chuvas em 197 municípios de Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, com previsão de volumes elevados e risco de alagamentos, transbordamentos e deslizamentos. No Rio, o município entrou em estágio 2 de alerta, com registro de núcleos de chuva em pontos das zonas Norte e Oeste.









