O zagueiro Reynaldo, do Remo, repudiou os ataques racistas que recebeu após o jogo contra o Avaí, válido pela 37ª rodada da Série B. O atleta foi alvo de injúria racial em um áudio divulgado em páginas na internet e afirmou que o episódio também atingiu torcedores azulinos.
O defensor comentou que o caso o abalou e lamentou que situações assim continuem ocorrendo. “É triste, cara, em pleno 2025, a gente ainda vê pessoas agindo dessa maneira. Eu acho que essas pessoas têm que ser punidas, porque daqui dois, três meses, as pessoas vão esquecer, não vai acontecer nada e as pessoas seguem indo para os estádios, seguem tendo a vida delas e acaba prejudicando as pessoas em si. Ninguém gosta de ser xingado ou de sofrer um ato racista”, afirmou. Ele também avaliou que a legislação brasileira falha no enfrentamento à discriminação e citou o caso envolvendo Sávio no início do Brasileirão, lembrando que “não aconteceu nada”.
Reynaldo questionou até quando atletas e torcedores seguirão sendo discriminados “pela cor, por onde a gente mora, da onde a gente vem”. Mesmo abalado por ser a primeira vez que enfrenta algo assim, disse que precisa manter o foco no jogo decisivo da última rodada.
Além do caso de racismo, o zagueiro respondeu sobre boatos nas redes sociais envolvendo suposta indisciplina antes da partida contra o Avaí, que teria motivado a ausência dos laterais Sávio e Pedro Costa. Ele afirmou que não acompanha comentários na internet para preservar a concentração do elenco. “Importante é o nosso grupo, é o Remo. Precisamos abrir mão de algumas coisas para ter êxito no domingo”, declarou.
O Remo enfrenta o Goiás no domingo, dia 23, no Mangueirão, às 16h30. Para conseguir o acesso, além de vencer, o clube precisa torcer por tropeço da Chapecoense ou derrota do Criciúma. Reynaldo disse que a equipe terá postura diferente da dos últimos jogos e que somente a vitória interessa.
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