Uma das enteadas que relatou ter sido abusada por Erron Musk afirma que ficou grávida dele. O pai do bilionário nega as acusações.
Segundo o jornal The News York Times, em uma reportagem publicada nesta terça-feira (23), divulgou que o pai do bilionário Elon Musk teria abusado sexualmente dos filhos e dos enteados desde 1993, tanto na Àfrica do Sul quanto nos Estados Unidos. Erron Musk tem 79 anos, nasceu e viveu grande parte da sua vida no país africano, foi casado 3 vezes e ao todo tem ao menos 9 filhos e enteados.
A matéria feita pelo jornal americano tem como base registros policiais e judiciais dos dois países que o patriarca viveu, além de correspondências pessoais e relatos de assistentes sociais e entrevistas com os familiares de Musk. Três investigações policiais foram abertas contra Erron, que nunca foi condenado, segundo os registros policiais e judiciais, duas das investigações foram encerradas, enquanto não há certezas sobre o que aconteceu com a terceira, como aponta o jornal americano.
Foto: reprodução redes sociais
Familiares acusam o pai do bilionário de abusar de duas filhas pequenas e de um enteado, com casos reportados no ano de 2023, após o filho que, na época tinha 5 anos, relatar que o pai teria apalpado suas nádegas, alguns de seus parentes e uma assistente social tentaram intervir.
Vida marcada pelos abusos
O primeiro caso registrado contra Erron foi há 32 anos, quando sua enteada que na época era uma criança de 4 anos relatou aos familiares que o padrasto havia tocado em sua parte íntima na casa onde viviam, como apontam as investigações. Dez anos após o primeiro relato, a adolescente, afirmou que uma vez teria flagado Erron cheirando sua calcinha suja.
A vítima chegou a afirmar ao The New York Times que ficou grávida de Erron, quando tinha 20 anos, segundo o jornal, ela teve o filho fruto de relações com o padrasto e passou períodos de uso abusivo de drogas. A mãe da jovem foi casada com o patriarca duas vezes e teria problemas de saúde mental.
Pedido de ajuda a Elon Musk
O New York Times teve acesso a uma carta de cinco páginas enviada há 15 anos por um parente a Elon Musk, nela havia um pedido de intervenção por parte do primogênito de Erron e o relato de algumas acusações de abuso: “Nós realmente precisamos de seus conselhos, ajuda e orientação nessas questões porque vemos diariamente essas crianças sofrerem…” dizia um trecho da carta.
Segundo o jornal, não tem confirmação que Elon Musk leu a carta, mas após o envio , uma das assistentes do bilionário entrou em contato com os familiares e Musk passou a oferecer ajuda financeira para uma ex-madrasta e duas meias-irmãs, que íncluiam pagamentos mensais. Além disso, Elon também tentou manter sua famíia adotiva e meios-irmãos longe do patriarca, na Califórnia. O empresário não é mencionado em nenhuma das investigações policiais na África do Sul.
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A irmã da terceira e última esposa de Errol, Elmie Smit, afirmou ao jornal norte americano que enviou e-mails a Elon relatando os abusos do pai e que foi contada pela assistente do empresário.
A relação entre pai e filho
Procurado pelo jornal americano, Erron Musk afirmou que os relatos de abuso eram inventados por familiares que estavam “induzindo as crianças a dizerem coisas falsas e tentando conseguir dinheiro de Elon Musk.” O patriarca afirmou ter conhecimento de uma das acusações de abuso e ofereceu explicações para as circustâncias de outras duas, ele também afirma que as acusações são “falsas e sem sentido ao extremo”
Por e-mail, o pai de Musk fez questão de afirmar que ele e o filho, Elon Musk, são muitos próximos e mantém uma boa relação. O que é diferente do que o bilionário já afirmou publicamente, em 2017 em entrevista a revista Rolling Stone, Musk chorou ao dizer que seu pai havia feito “quase todas as coisas ruins que se pode imaginar” e, em 2023, em uma biografia autorizada, Musk afirmou que não falava com o pai. O The News York Times procurou Elon e seu advogado pessoal que não responderam aos pedidos de posicionamento do jornal.
