O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta sexta-feira (19) uma ordem executiva que oficializa a criação do “Gold Card”, um novo programa de concessão de vistos de residência a estrangeiros que investirem US$ 1 milhão no país, o equivalente a cerca de R$ 5,32 milhões.
A medida, apresentada durante um evento na Casa Branca, tem como objetivo atrair investidores internacionais e gerar empregos. Segundo o governo norte-americano, a proposta é substituir o atual modelo de visto EB-5, voltado a estrangeiros que criam ao menos dez empregos nos EUA.
Como funciona o Gold Card
O programa terá duas modalidades:
- Investimento individual: US$ 1 milhão para aquisição do visto;
- Via empresa patrocinadora: US$ 2 milhões (aproximadamente R$ 10,6 milhões).
De acordo com a nova diretriz, os estrangeiros que se candidatarem ao visto deverão passar por uma avaliação do governo dos EUA. Se aprovados, receberão o visto ainda em seus países de origem. Com isso, poderão entrar legalmente nos Estados Unidos e, posteriormente, solicitar a cidadania norte-americana.
Durante o anúncio, Trump exibiu um protótipo físico do cartão, dourado, com sua imagem ao lado da Estátua da Liberdade e de uma águia, símbolo do país. “Sou o primeiro comprador. Muito emocionante, não?”, afirmou o presidente.
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Comparação com outros países
Programas semelhantes ao Gold Card já foram adotados por países europeus, como Portugal e Reino Unido, que ofereciam residência mediante investimentos altos em imóveis ou ativos financeiros. No entanto, em 2022, a Comissão Europeia recomendou o fim desses programas por razões de segurança. Desde então, várias nações da região encerraram ou limitaram os benefícios.
Nos Estados Unidos, a expectativa de Trump é vender “talvez um milhão” de vistos. O presidente também afirmou que oligarcas russos poderão adquirir o Gold Card, caso atendam aos critérios estabelecidos.