A cantora e compositora Gaby Amarantos voltou a se posicionar sobre o preconceito que artistas do Pará ainda enfrentam no cenário musical brasileiro. Em entrevista para a Multishow, durante o The Town, a artista destacou que sua nova fase, marcada pelo “rock doido”, busca romper barreiras e provar que o som produzido na Amazônia é também parte do repertório nacional.
“Agora, o Brasil está pronto para o rock doido. Cansei dessa história de ‘música regional’. Assim como o funk é nacional, o rock doido é nacional também. É música do Pará, mas é do Brasil”, afirmou Gaby.
A artista lembra que desde o álbum Treme (2012), que marcou sua estreia solo, já lidava com olhares de estranhamento. “A galera ainda olha nossa música como algo estranho. Desde o ‘Treme’ é assim. Então, a gente encontrou uma fórmula para a galera ouvir o disco, ouvir o pancadão que é o rock doido e sair flutuando. É uma coisa difícil pra caramba”, contou em entrevista à Billboard Brasil.

O novo trabalho da cantora vem acompanhado de um curta-metragem gravado na periferia de Belém, que reforça o diálogo entre música, audiovisual e identidade amazônica. A produção, registrada em plano sequência de 21 minutos apenas com um celular, conta a história de uma mulher que se prepara para sair de casa e viver intensamente uma noite de festa.
“É um filme em plano sequência, de 21 minutos, gravado de celular, na periferia, com não atores. É uma coisa extraordinária. Eu tenho muita segurança para falar que é uma obra audiovisual incrível produzida na Amazônia, e aí a gente conta a história dessa mulher que vai para festa, se arruma, ‘arrume-se comigo para poder curtir o rock doido’”, explicou a cantora.
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