Brasil tem cinco hospitais do SUS entre os melhores especializados do mundo

SUS

Cinco hospitais públicos brasileiros, todos integrantes do Sistema Único de Saúde (SUS), estão entre os melhores do mundo em especialidades médicas, de acordo com o ranking “World’s Best Specialized Hospitals 2025”, elaborado pela revista americana Newsweek em parceria com a consultoria Statista. A lista reconhece centros médicos de excelência em diferentes áreas, com base em recomendações de especialistas, certificações e experiências de pacientes.

Entre os destaques brasileiros estão o Hospital de Clínicas da Unicamp, o Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), o Hospital São Paulo da Unifesp, o Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia e o Instituto do Coração (InCor), todos localizados em São Paulo ou Campinas. Esses hospitais são referência em atendimento gratuito e de alta complexidade para a população.

SUS
Ranking internacional reconhece excelência do SUS: cinco hospitais públicos brasileiros estão entre os melhores do mundo em suas especialidades. – Foto: Pexels

Ao todo, o Brasil teve 22 hospitais incluídos no levantamento, sendo a maioria deles da rede privada. No entanto, a presença de unidades públicas do SUS em um ranking internacional evidencia a relevância da saúde pública brasileira, mesmo diante de subfinanciamento histórico e desigualdades regionais no acesso à saúde.

O levantamento da Newsweek avaliou hospitais em 12 especialidades médicas, incluindo cardiologia, oncologia, neurologia e pediatria. O Hospital das Clínicas da USP, por exemplo, foi apontado como o melhor da América Latina no tratamento de doenças neurológicas, acima de instituições privadas renomadas.

A metodologia do ranking considera recomendações de mais de 40 mil especialistas em saúde, dados de desempenho e certificações de qualidade. As avaliações foram feitas entre maio e julho de 2025.

LEIA TAMBÉM: Não vai ter caneta emagrecedora no SUS: Comissão do Ministério da Saúde veta compra

A presença de hospitais do SUS nessa lista internacional também reforça o papel estratégico das universidades públicas brasileiras, já que muitas dessas instituições estão ligadas a centros universitários de pesquisa e formação médica.

Em tempos de constantes ataques ao serviço público, o reconhecimento internacional da qualidade do SUS é mais uma prova de que o investimento em saúde pública e ciência pode, sim, gerar excelência. O desafio, agora, é garantir que a população negra, periférica e das regiões mais afastadas do país também tenha acesso a esse padrão de atendimento.

Deixe uma resposta

scroll to top