Bolsonaro promete afastar assessor que fez símbolo neofascista

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Após o assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins, ser apontado como apoiador de ideologia neofascista tendo reproduzido gesto racista em sessão no Senado na última quarta-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro informou nesta quinta-feira (25) que o afastará do Palácio do Planalto. A informação, que foi divulgada em primeira mão pelo jornalista Gerson Camarotti, teria sido dita a a interlocutores próximos a Bolsonaro. Ainda segundo o jornalista, a medida prossegue para evitar novos desgastes à presidência.

O símbolo arredondado entre o indicador e o polegar, foi classificado como uma expressão da supremacia branca pela Liga Antidifamação (ADL), organização estadunidense que monitora crimes de ódio.

Assessor de Bolsonaro
Gesto feito por assessor de Bolsonaro remete a “White Power”

Através do twitter, Felipe declarou ser judeu e estar arrumando a microfone no terno durante o registro polêmico. “Um aviso aos palhaços que desejam emplacar que eu, um judeu, sou simpático ao “supremacismo branco”, porque em suas mentes doentias enxergaram um gesto autoritário numa imagem que me mostra ajeitando a lapela em meu terno […]”, publicou Felipe Martins.

O assessor trabalha no Palácio do Planalto, na ala ideológica do governo de Jair Bolsonaro, ligado ao escritor Olavo de Carvalho e tem grande confiança entre os filhos do presidente, principalmente de Eduardo Bolsonaro. Felipe também costuma acompanhar a família do presidente em viagens internacionais, entre esses deslocamentos está a recente visita oficial a Israel, momento em que Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores, compartilhou o registro fotográfico antes do embarque do grupo na Base Aérea de Brasília onde nenhum entre os representantes fazia uso máscara.

Rodrigo Pacheco (DEM), presidente do Senado, solicitou investigação interna para o caso.

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