A corregedoria da Câmara dos deputados recebeu nesta segunda-feira (11), uma notificação que abre denúncia contra os deputados aliados à base bolsonarista que obstruíram os trabalhos da Casa na última semana. O prazo para que o corregedor da Câmara, o deputado Diego Coronel (PSD-BA) se manifeste é de 48 horas, entre os pedidos de punições estão cassação de mandato e suspensão das atividades dos parlamentares envolvidos.
Na prática, a partir das denúncias, a corregedoria vai analisar os casos e posteriormente vai decidir se acata ou não os pedidos de punição protocolados a serem aplicados com base em um rito sumário adotado pela Casa, o que significa que casos do tipo sejam deferidos antes mesmo da tramitação de processos disciplinares no conselho de ética, por exemplo.

A expectativa é que o deputado Diego Coronel apresente suas considerações frente aos possíveis processos disciplinares contra os parlamentares até a próxima quarta-feira (13), após isso, a mesa diretora presidida por Hugo Motta e composta por outros seis deputados, deverá formalizar designações para concretizar as possíveis penas caso a caso.
Com a maioria de deputados do Partido Liberal (PL), poderão ser punidos os seguintes parlamentares: Nikolas Ferreira (PL-MG), Carlos Jordy (PL-RJ), Allan Garcês (PP-MA), Caroline de Toni (PL-SC), Marco Feliciano (PL-SP), Domingos Sávio (PL-MG), Zé Trovão (PL-SC), Bia Kicis (PL-DF), Paulo Bilynskyj (PL-SP). marcos Pollon (PL-MS) e Julia Zanatta (PL-SC).
O presidente Lula se manifestou sobre o assunto e defendeu a cassação dos parlamentares que bloquearam os trabalhos da Câmara de deputados.
“Quem deveria ter o impeachment são esses deputados e senadores que ficam tentando fazer greve para não permitir que funcione a Câmara e o Senado, verdadeiros traidores da pátria”, disse o presidente durante discurso no Acre.
Em paralelo a isso, também está na mesa da corregedoria da casa , um pedido da bancada do PL contra a deputada Camila Jara (PT-MS, que está sendo acusada de agressão contra Nikolas Ferreira (PL-MG), durante a volta dos trabalhos do legislativo. Imagens mostram o parlamentar caindo após uma aproximação da parlamentar e um possível empurrão, o corregedor deverá dar seu parecer junto aos demais casos.
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