“Música é trabalho”: Equipe de Milton Nascimento se pronuncia após ataques por processar o Cruzeiro

“Música é trabalho”: equipe de Milton Nascimento se pronuncia após ataques por processar o Cruzeiro

“Música é trabalho”: equipe de Milton Nascimento se pronuncia após ataques por processar o Cruzeiro. Foto: (Twitter/Cruzeiro)

Neste domingo (3), a equipe do cantor e compositor Milton Nascimento, de 82 anos, se manifestou publicamente sobre o processo contra o Cruzeiro Esporte Clube, explicando que a ação é uma resposta legítima ao uso não autorizado de sua música em uma campanha publicitária. O posicionamento veio após o artista ser alvo de ofensas e ataques virtuais, especialmente por torcedores do clube mineiro, time pelo qual é declarado torcedor.

A equipe do artista divulgou nota oficial explicando que o processo judicial movido por uso indevido da canção “Clube da Esquina 2” em uma campanha publicitária do Cruzeiro não foi motivado por rivalidade ou por desavença com o clube, mas sim por uma “defesa legítima do trabalho artístico”. Segundo o comunicado, não houve qualquer tentativa prévia de negociação por parte do clube antes de divulgar o material.

“Música é trabalho”: equipe de Milton Nascimento se pronuncia após ataques por processar o Cruzeiro
“Música é trabalho”: equipe de Milton Nascimento se pronuncia após ataques por processar o Cruzeiro. Foto: (Twitter/Cruzeiro)

O vídeo em questão foi publicado no início de janeiro, em uma postagem que celebrava a contratação do jogador Gabigol. A trilha sonora incluía a música de Milton, sem autorização para uso comercial. Ainda de acordo com a equipe do cantor, tentativas extrajudiciais de solução foram ignoradas, o que motivou o processo judicial.

Em resposta, o Cruzeiro declarou não ter cometido infração, alegando que o vídeo apenas compartilhava conteúdo previamente publicado nas redes do atleta e que a música estava disponível na biblioteca do Instagram, com os devidos créditos visuais.

Apesar da explicação, Milton passou a ser alvo de ataques e comentários ofensivos nas redes sociais, especialmente por parte de torcedores. A equipe do artista lamentou a onda de ódio, classificando-a como injusta e violenta, e informou que comentários criminosos estão sendo registrados para providências legais.

“música é trabalho, é sustento, é propriedade intelectual. Assim como um jogador é remunerado por seu ofício, compositores e artistas também tem direito de decidir quando, como e por quem suas obrs podem ser usadas”, afirmou o comunicado.

A ação judicial tramita na 1ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, e pede indenização por danos morais no valor de R$ 50 mil.

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Rafaela Oliveira

Rafaela Oliveira

Rafaela Vitória é graduanda em Jornalismo, nascida no Maranhão, com atuação profissional em mídias sociais e audiovisual, e interesse em narrativas sobre raça e cinema.

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