Lançado em julho de 2020, o filme Black is King, dirigido e produzido por Beyoncé, será usado para enfatizar o poder feminino dentro da sociedade Kush, atualmente ao norte do Sudão, no curso “Black is Queen: O Divino Feminino em Kush”, oferecido pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
Segundo o site da Universidade, o curso tem como base discutir “como os antigos africanos do Vale do Nilo entendiam o poder e a presença feminina”. Ministrado por Solange Ashby, professora adjunta do Departamento de Clássicos e Estudos Antigos da Barnard College, a ementa do curso aborda a “proeminência de deusas e rainhas poderosas no reino núbio de Kush (agora, norte do Sudão) e destaca o status incomumente elevado das mulheres nesta antiga sociedade africana”.
Essa não é a primeira vez que Bayoncé é objeto de estudos acadêmicos. Em 2019 ela e Rihanna também foram objeto de estudo e discussão na Universidade de Harvard, com o curso “Beyoncé Feminismo, Rihanna Feminismo: Música Popular e Teoria Feminista Negra”, que analisou as músicas e videoclipes de ambas as artistas como expressões populares e acessíveis dos feminismos caribenhos e afro-americanos que alcançam audiências mundiais.
O curso também traçou um paradigma entre o trabalho de Beyoncé e Rihanna e teorias do feminismo negro que falam de violência, oportunidade econômica, sexualidade, padrões de beleza e expressão criativa.
O reino de Kush
Segundo informações da BBC News, Kush foi uma superpotência africana, cuja influência avançou até o Oriente Médio. O reino chegou a conquistar, inclusive, o Egito por centenas de anos durante o século 8º antes de Cristo.
Como legado, restaram mais de 300 pirâmides intactas, tumbas, templos e câmaras funerárias com pinturas e desenhos descritos como “obras-primas de um gênio criativo”, pela Unesco.
A riqueza do reino de Kush era tamanha, que chegava a rivalizar com a de faraós. Mesmo assim, até hoje ainda não há um amplo conhecimento sobre a história do povo núbio, inclusive entre pessoas africanas.
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