Após indicação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), o então vice-governador Thiago Pampolha (MDB) tomou posse como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ). A nomeação foi aprovada na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), com 57 votos favoráveis, 5 contrários e 7 abstenções. Antes disso, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) já havia dado parecer favorável de forma unânime.

A nomeação, no entanto, gerou críticas e levantou questionamentos sobre os bastidores políticos do governo estadual. Pampolha era considerado um possível sucessor de Cláudio Castro na eleição para o governo estadual em 2026, mas sua ida ao TCE-RJ foi interpretada como uma manobra política para retirá-lo da disputa, abrindo caminho para o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União Brasil), que já articula sua pré-candidatura ao Palácio Guanabara.
Analistas apontam que a movimentação busca fortalecer Bacellar como o principal nome da base governista para enfrentar o atual prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), provável candidato à sucessão estadual. Ocupando a presidência da Alerj, Bacellar terá maior visibilidade durante o período pré-eleitoral, o que pode consolidá-lo como o candidato viável do grupo político de Castro.
Entenda o papel do TCE-RJ
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) é um órgão responsável por fiscalizar a aplicação dos recursos públicos e a legalidade dos atos administrativos do governo estadual. Atua como braço auxiliar do Poder Legislativo, emitindo pareceres técnicos, julgando contas e acompanhando a execução orçamentária. Cada estado possui seu próprio TCE, e na esfera federal, essa função é exercida pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Com a posse de Pampolha no TCE-RJ, o cenário político fluminense ganha novo contorno e reforça os debates sobre o uso estratégico de cargos públicos para articulações eleitorais.
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