Segundo o estudo ‘Demografia Médica no Brasil 2025’, divulgado na última quarta-feira (30), revelou que 29,2% dos estudantes de Medicina são negros, a partir de dados de 2023. Nesse ano, 68,6% dos alunos eram brancos. O estudo é uma parceria entre o Ministério da Saúde, a Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e a Associação Médica Brasileira (AMB).
A quantidade de alunos negros aumentou de 34.342 em 2017 para 69.498 em 2023, sendo que a maioria deles está nas faculdades públicas, acomoanhando o avanço das políticas públicas de reservas de vagas. Nessas universidades eles representam 44,4% dos estudantes, mas nas privadas eles são 24,5%.

O relatório aponta que são nos cursos de direito (44,8%) e de engenharia civil (45,8%) que a presença de negros é maior, se comparada com o curso de medicina. Já o curso de enfermagem, dentre os da área da saúde, é o que tem mais pardos (41,5%) e pretos (9,9%), e menos brancos (45,9%).
O estudo tem como base o Censo da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação (MEC), de 2010 a 2023, do primeiro ao sexto ano de medicina.
“A partir de informações do Censo da Educação Superior do Inep, foi possível constatar que esse estudante é majoritariamente branco, do sexo feminino, tem menos de 24 anos e concluiu o ensino médio em escola particular“, diz o documento.
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