Maestro Felipe Galdino lidera orquestra em um dos principais espaços culturais da região serrana do Rio

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Felipe Galdino, maestro que lidera a Orquestra Teatro Imperial, em Petrópolis (RJ), fará sua primeira apresentação aberta ao público nesta segunda-feira (14). O evento gratuito possui um repertório que dialoga entre o erudito e o popular.

O maestro precisou romper barreiras não apenas técnicas, mas também sociais e culturais. “Vindo de um meio onde as pessoas não faziam o que eu resolvi fazer, ser diferente foi o primeiro desafio. Quando eu fui fazer a faculdade de Regência, eu tive que ir pro Rio morar no Rio. Tive que sair da minha cidade…e eu me lembro que na época, financeiramente era bem desafiador, porque eu tive que começar a abrir mão de metade do meu salário”, conta Galdino. 

Foto: Ezio Philot

Com formação em Regência Orquestral pela UFRJ, Felipe Galdino atua há mais de cinco anos em projetos de formação musical em Petrópolis, conciliando técnica, sensibilidade e propósito social em sua trajetória. Ao longo de sua jornada, o maestro já colheu os frutos de sua dedicação ao ver alunos que hoje integram orquestras jovens e universidades federais.

Atualmente, o petropolitano lidera como maestro um grupo formado por músicos locais e em formação, dentro de um dos principais espaços culturais da região serrana, o Teatro Imperial. “É um sonho nosso que está sendo realizado aos poucos. Desde que entrei no meio musical sempre quis trazer para a cidade uma orquestra profissional, permanente e com músicos locais”, destaca o maestro. 

O músico considera que sua presença na Orquestra motiva e incentiva outros jovens músicos negros da cidade a se visualizarem em uma carreira na música clássica. “Porque sem dúvida nenhuma, quando eles conseguem fazer isso, outros músicos negros também poderão ver que é possível e irão com certeza correr atrás para poder alcançar isso também”, destaca.

Como maestro, Galdino encara a música como um instrumento de acesso e inclusão. Ele acredita que a chegada de uma nova orquestra residente ao Teatro Imperial será um divisor de águas para a cena cultural de Petrópolis. 

A iniciativa conta com o patrocínio da Enel, do Governo do Estado do Rio e da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.

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