A exposição “Histórias e Sonhos”, que desvela as camadas atemporais que entrelaçam o CCJB e o Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (MUHCAB), fica aberta ao público até 27 de abril. As obras, criadas entre as décadas de 1960 e 2020, apresentam visualidades que atravessam o tempo, compondo o acervo de um museu dedicado à revisão da história dos negros e negras no Brasil, sua valorização e protagonismo.
A mostra reúne trabalhos de dez artistas: Felipe Coelho, Jones, Manezinho Araújo, Mestre Saul, Nelson Sargento, Osmar Nuguetti, Pandro Nobã, Rasec, Rizza Conde e Tia Lúcia. Através das linguagens da pintura, gravura, fotografia e escultura, somos envolvidos pela energia da religiosidade, pela presença de ancestrais personificados em corpos de diferentes idades, e pela intensa capacidade de celebração e resiliência.
A exposição também eterniza histórias interrompidas, expressas em cores e formas marcantes, e apresenta personagens oníricos em metamorfose com seres do ar, do mar e da terra, carregados de axé, a energia vital presente em todas as coisas.

No prefácio de “Histórias e Sonhos”, livro de contos que inspirou o título da exposição, Lima Barreto afirma que o dever dos escritores é “sugerir dúvidas, levantar julgamentos adormecidos, difundir as nossas grandes e altas emoções em face do mundo e do sofrimento (…) pela revelação das almas individuais e do que elas têm em comum e dependente entre si”.
Cada artista presente na exposição, em suas reflexões pessoais, evoca a potência de vida dos afro-brasileiros, expressando os fortes sentimentos que nos unem na luta contra o racismo e que nos possibilitam continuar sonhando.
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