O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, suspendeu votação que ocorreria na manhã desta quinta-feira (16) sobre o acordo de cessar-fogo com Hamas, que governa a Faixa de Gaza, anunciado na quarta-feira (15). Sem apresentar provas, Netanyahu alega que os palestinos tentam “extorquir concessões de última hora”. Já são mais de 46 mil palestinos mortos.
“O Hamas voltou atrás em partes do acordo alcançado com os mediadores e Israel numa tentativa de extorquir concessões de última hora”, afirmou comunicado do gabinete do premiê. De acordo com apuração da Aljazeera, os líderes do Hamas negam as acusações e dizem que são “sem base”.
O acordo de cessar fogo deveria começar no próximo domingo. A guerra que começou em outubro de 2023 e dura 1 ano e 3 meses, já tem 46 mil mortos palestinos. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 70% dos mortos são mulheres ou crianças. Do lado de Israel, são 1.969 mortes incluindo civis e militares.
Segundo apuração da InfoMoney, a extrema direita de Israel rechaça a ideia de um acordo de cessar-fogo com o Hamas e que só permanecerá no governo de coalizão de Netanyahu se o primeiro-ministro concordar com o “retorno de Israel à guerra para destruir o Hamas”.
Uma declaração oficial do governo de Netanyahu afirma que ele agradeceu a Donald Trump por telefone na quarta-feira (15) por: “Avançar na libertação dos reféns e por ajudar Israel a pôr fim ao sofrimento de dezenas de reféns e suas famílias”.
O líder de Israel “enfatizou seu compromisso em trazer de volta todos os reféns por todos os meios necessários” durante a ligação com Trump, segundo o comunicado.
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