O empate por 1 a 1 entre Brescia e Sampdoria, pela Série B do Campeonato Italiano no último domingo (12), foi marcado por mais um episódio de racismo nos estádios. O meio-campista nigeriano Ebenezer Akinsanmiro, de 20 anos, emprestado à Sampdoria pela Inter de Milão, sofreu ataques racistas vindos da torcida adversária e respondeu após o gol de sua equipe, o que lhe rendeu um cartão amarelo.
EAkinsanmiro foi alvo de cânticos racistas durante boa parte da partida. Aos 33 minutos do primeiro tempo, Massimo Coda abriu o placar para os visitantes, e o jovem nigeriano, em resposta às provocações, imitou um macaco na direção da torcida do Brescia. O gesto gerou ainda mais hostilidade por parte dos torcedores, e o árbitro advertiu o jogador com um cartão amarelo. Pouco tempo depois, Akinsanmiro foi substituído pelo treinador Leonardo Semplici.
Após o jogo, o técnico do Brescia, Pierpaolo Bisoli, criticou a reação de Akinsanmiro. “Não se pode provocar a multidão assim. Não tinha ouvido nada antes“, afirmou o treinador, minimizando os cânticos racistas que haviam sido relatados.
Por outro lado, a Sampdoria demonstrou apoio ao jogador. Em uma publicação nas redes sociais, o clube declarou: “Com você”, acompanhada de uma imagem de Akinsanmiro, reforçando solidariedade ao meio-campista com a hashtag “KeepRacismOut” – traduzido: mantenha o racismo fora.
Foto de capa: Reprodução/X (@sampdoria)
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