Um levantamento da Genial/Quaest mostra que 86% dos brasileiros desaprovam as invasões às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, quando militantes de extrema direita invadiram e destruíram a Câmara dos Deputados, o Senado, o Supremo Tribunal Federal (STF), e o Palácio do Planalto. As invasões completam dois anos nesta quinta-feira (08).
Para 50% dos entrevistados, o inelegível ex-presidente, Jair Messias Bolsonaro (PL) exerceu algum tipo de influência nos atos em Brasília, já para 39%, o líder da extrema direita não teve nenhuma influência sobre o ocorrido. Cerca de 7% dos entrevistados aprovam os atos antidemocráticos e outros 7% não souberam ou não responderam ao levantamento.
A pesquisa ouviu 8.598 pessoas entre 4 e 9 de dezembro. Essa é a terceira pesquisa que a instituição realiza sobre o 8 de janeiro, apesar do índice de reprovação aso ataques continuarem sendo maioria, a reprovação ao ato já foi maior. Em fevereiro de 2023 era de 93% e em dezembro de 2023 era de 89% de reprovação.
Até o momento já foram feitas 1.430 prisões em decorrência do ato, e a justiça já condenou 375 envolvidos. Também foram realizadas 5 absolvições, inclusive a de um homem em situação de rua, Jefferson França da Costa Figueiredo, que foi absolvido por falta de provas “que tenha integrado a associação criminosa, seja se amotinando no acampamento erguido nas imediações do QG do Exército”, diz a decisão de Alexandre de Moraes.
Em dezembro, a Procuradoria-Geral da República pediu absolvição do morador de rua por falta de elementos que provassem o envolvimento na autoria da conduta. A denuncia era de que Jefferson estava acampado junto aos militantes de extrema direita que questionavam o resultado das eleições de 2022 no 8 de janeiro.
A Defensoria Pública da União também pediu a revogação afirmando que Jefferson estava de passagem e foi ao acampamento para buscar se alimentar.
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