Fonte: Agência de notícias IBGE
Entre 2012 e 2023, o percentual da população que se declarava de cor ou raça branca caiu 3,9 pontos percentuais (p.p.), passando de 46,3%, em 2012, para 42,4%, em 2023, o menor percentual da série. Já a proporção de pessoas declaradas pretas subiu de 7,4% em 2012 para 10,6% em 2023, repetindo o patamar observado em 2022. As informações são da Pnad Contínua: Características dos domicílios e moradores, divulgada nesta sexta-feira (20) pelo IBGE.
Já para a cor ou raça parda, houve pouca variação em relação a 2012, de 45,6% para 45,9%, ainda que, em alguns anos ao longo da série considerada, essa participação tenha ultrapassado o patamar de 47%.
A participação da população declarada de cor ou raça branca se reduziu em todas as grandes regiões de 2012 para 2023, com destaque para a Região Sul (7,5 p.p.). A Região Sul também teve o maior crescimento de pessoas declaradas pardas (5,7 p.p.). Por outro lado, na Região Nordeste, houve a principal expansão da participação das pessoas de cor ou raça preta (4,2 p.p.). “Vemos, com isso, o início de uma mudança no perfil de cor ou raça do país”, avalia William.
Pardos, o maior grupo étnico racial
Segundo dados do Censo 2022 do IBGE, o número de brasileiros que se declaram pardos, no Brasil, é o maior desde 1991, com 92,1 milhões de pessoas, ou seja 45,9%, superando o número de pessoas brancas.
No Censo realizado em 1872, o primeiro da série histórica, a população parda era 38,3%, levemente superior à branca (38,1%). Ao longo dos anos o padrão foi mudando, até que em 1940 a quantidade de pessoas que se declaravam branca foi a maior até então: 63,5%. Neste ano, os pardos atingiram a menor participação na população brasileira: 21,2%.
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