A influenciadora digital Laís Oliveira, de 29 anos, e seu marido, Eduardo Veloso, de 28, foram presos nesta quarta-feira (4), em Fortaleza, acusados de participação em um esquema de lavagem de dinheiro ligado a cassinos virtuais. A ação foi realizada pela Polícia Militar do Ceará (PMCE), por meio do Comando Tático Motorizado (Cotam) e com apoio da Coordenadoria de Inteligência (Coin).
Com mandados de prisão expedidos pelo Tribunal de Justiça de Alagoas, o casal foi encontrado na Rua Maria Tomásia, no bairro Aldeota, em uma Toyota Hilux. Após a abordagem, eles foram conduzidos ao 2º Distrito Policial para os procedimentos legais. Laís, que possui mais de 4,8 milhões de seguidores em uma rede social, e Eduardo, com 635 mil seguidores, estavam na capital cearense para passar férias.
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Outros influenciadores envolvidos em apostas ilegais
Essa semana, as prisões de Laís e Eduardo não foram os únicos casos envolvendo influenciadores digitais e jogos de azar online. Na segunda-feira (30), Carol Racer e Dan Gs também foram detidos sob suspeita de promover plataformas ilegais de apostas. Segundo a polícia, os dois lucravam mais de R$ 100 mil por mês com o esquema.
Outra prisão foi a do influenciador Gabriel Barros, conhecido como “Gebê”, de 26 anos, que também enfrenta acusações de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e falsidade ideológica. Ele teria ganhos mensais que chegavam a R$ 1 milhão ao atuar como promotor de cassinos online. De acordo com as investigações, todos eles usavam sua popularidade nas redes para atrair novos participantes para as plataformas, que funcionam de forma irregular no Brasil.
Por que o “jogo do tigrinho” é ilegal?
O chamado “jogo do tigrinho”, uma das modalidades mais conhecidas entre os cassinos virtuais, é considerado crime no Brasil. Conforme o artigo 50 da Lei das Contravenções Penais (Decreto-Lei nº 3.688/1941), é proibido explorar atividades de jogos de azar, definidos como aqueles em que o resultado depende predominantemente da sorte.
Além disso, práticas como lavagem de dinheiro e organização criminosa agravam as acusações. Esses crimes, previstos no Código Penal e na Lei nº 12.850/2013, podem resultar em penas de até 10 anos de prisão.
As autoridades seguem investigando o caso para identificar outros envolvidos e reforçam a necessidade de conscientizar a população sobre os perigos de se associar a plataformas ilegais de apostas.