O policial militar Vinicius de Lima Britto, que foi gravado por câmeras de segurança atirando pelas costas em um jovem negro, em frente a um mercado na Zona Sul de São Paulo, teve a prisão preventiva decretada nesta quinta-feira (05) pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. O caso aconteceu no dia 03 de novembro.
A juíza Michelle Porto de Medeiros Cunha Carreiro, da 5ª Vara do Júri, e que dectretou a prisão do policial, justificou a decisão apontando que “as circunstâncias da infração, em especial diante da quantidade de disparos efetuada em via pública, são indicativas da periculosidade do agente” e que sua prisão é “garantia de ordem pública“.
A magistrada ainda pontuou que o policial “excedeu em muito os limites de sua atividade“. O pedido de prisão foi feito pelo Ministério Público, que afirma que deixar o policial solto “põe em risco a ordem pública e prejudicará a instrução processual“. O mesmo policial quase não entrou para a Polícia Militar, já que em 2021 foi reprovado no exame psicológico do concurso para o cargo de Soldado PM de 2ª Classe.
A avaliação na época apontou descontrole emocional, impulsividade e inadequação para o cargo, mas Vinicius foi aprovado em 2022, após contestar judicialmente a avaliação inicial.
Gabriel Renan da Silva Soares, de 26 anos, foi alvo de 11 tiros, mesmo desarmado. O caso aconteceu quando a vítima furtou quatro embalagens de sabão do mercado, e o policial, sem farda, atirou contra o jovem pelas costas. O policial alegou legítima defesa.
Um inquérito foi instaurado no Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), para investigar os fatos, que é acompanhado pela Polícia Militar.
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