A Polícia Nacional da Espanha prendeu, nesta quinta-feira (24), quatro pessoas suspeitas de liderar uma campanha de ódio contra o jogador Vini Jr., do Real Madrid. Os suspeitos teriam incitado torcedores do Atlético de Madrid a comparecer ao clássico contra o Real Madrid, realizado no último dia 29 de setembro, usando máscaras de proteção contra a Covid-19 para facilitar a prática de ofensas racistas contra o atacante brasileiro. A estratégia visava dificultar a identificação dos agressores pelas autoridades.
A campanha foi organizada nas redes sociais e rapidamente chamou a atenção das autoridades espanholas após três denúncias apresentadas por LaLiga, organizadora do campeonato espanhol de futebol. Segundo a polícia, as investigações foram iniciadas logo após as denúncias, culminando nas prisões desta quinta-feira.
Esse não é o primeiro episódio envolvendo torcedores do Atlético de Madrid e atos racistas contra Vini Jr. Na temporada 2022/23, um boneco vestido com a camisa do jogador foi encontrado pendurado em uma ponte, próximo ao centro de treinamento do Real Madrid, pouco antes de outro clássico entre os rivais da capital espanhola.
As prisões desta semana ocorrem em um momento delicado no futebol espanhol, em que o combate ao racismo tem se tornado uma pauta central. Em junho deste ano, três torcedores do Valencia foram condenados a oito meses de prisão por ofensas racistas a Vinicius durante uma partida realizada em 2023.
Relembre outro caso na espanha envolvendo Vini Jr
Além das prisões desta quinta-feira, outro caso envolvendo racismo contra Vini Jr. ganhou destaque no último mês. Um torcedor do RCD Mallorca foi condenado a um ano de prisão por insultos racistas direcionados tanto a Vinicius quanto ao jogador nigeriano Samuel Chukwueze, durante partidas ocorridas em fevereiro de 2023. O réu também foi proibido de frequentar estádios de futebol na Espanha por um período de três anos.
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