No primeiro turno das eleições municipais do último domingo (6), sete municípios brasileiros elegeram candidatos indígenas como prefeitos. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 214 candidatos se declararam de etnias indígenas para as eleições de 2024.
Nos cargos de vereadores, vices e prefeitos que estavam na disputa pelos cargos em 2024, ao todo 2.479 (0,55%) se declararam indígenas. Entre os indígenas o número cresceu em relação às eleições de 2020, um aumento de 14,13%. O crescimento aconteceu em todo o território brasileiro.
O maior número proporcional está em Roraima, no norte do país e a maior parte desses candidatos são afiliados a partidos de direita. Quase 1,7 milhão de indígenas das mais diferentes etnias, vivem no Brasil e correspondem a pelo menos 0,83% da população total do país, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na divisão por regiões, foram eleitos os seguintes:
- Região Norte: Egmar Curubinha (PT), da etnia tariana, em São Gabriel da Cachoeira (AM); Dr. Raposo (PP), da etnia makuxí, em Normandia (RR); e Tuxaua Benísio (Rede), também da etnia makuxí, em Uiramutã (RR);
- Região Sudeste: das cidades mineiras de São João das Missões e Manga os eleitos são da etnia xacriabá. Na primeira, Jair Xakriabá (Republicanos) foi eleito, enquanto na segunda a vitória foi de Anastácio Guedes (PT);
- Região Nordeste: na Paraíba, foi eleita a única prefeita indígena, a candidata Ninha (PSD), da etnia potiguar; e Pesqueira, Pernambuco, venceu o Cacique Marcos (Republicanos), da etnia xucuru.
Dados do TSE, mostraram também que 214 indígenas se elegeram vereadores no pleito, sendo 180 homens e 34 mulheres.
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