Proposta do governo prevê até 18 anos de prisão para quem causar incêndios florestais

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Com os constantes incêndios pelas florestas brasileiras nos últimos meses, o Ministério da Justiça e Segurança Pública submeteu à Casa Civil uma minuta de projeto de lei que prevê o aumento da pena de pessoas que provoquem incêndios florestais. Segundo o documento enviado nesta semana, nesses casos a pena máxima pode chegar a 18 anos.

Esse tempo de reclusão é previsto caso o investigado tenha cometido o crime com os quatro agravantes previstos no PL, acumulando metade da pena máxima para cada um deles. A a lei atual prevê uma pena de 2 a 4 anos de prisão.

Incêndio em São Paulo /Foto: Semil – Divulgação

A ministra do Meio Ambiente e do Clima Marina Silva, já defende desde o último mês, quando as queimadas no Brasil começaram a bater recordes, que a pena para grupos criminosos responsáveis por incêndios coordenados, fosse aumentada.

Nós estamos num momento de grave crise climática, o Brasil é um país especialmente vulnerável para esses eventos climáticos, por isso, as pessoas precisam se conscientizar da responsabilidade de cada. E aquelas que atuam com grupos criminosos para provocar incêndios, em períodos em que há proibição, devem ter a pena elevada“, disse a ministra na época, em declaração ao blog do Valdo Cruz, da Globonews.

Segundo a proposta do governo, a mudança no tempo da pena varia de 3 a 6 anos, com a possibilidade de acrescentar mais tempo em caso de: Expor a perigo a vida coletiva ou a saúde pública; Atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato do Poder Público, a regime especial de uso; Quando praticada por duas ou mais pessoas; Com a finalidade de obter vantagem financeira para si ou para outra pessoa.

Leia também: Ministra Marina Silva defende que pena para grupos criminosos que coordenam incêndios seja maior

Bárbara Souza

Bárbara Souza

Carioca da gema, criada em uma cidade litorânea do interior do estado, retornou à capital para concluir a graduação. Formada em Jornalismo em 2021, possui experiência em jornalismo digital, escrita e redes sociais e dança nas horas vagas. Se empenha na construção de uma comunicação preta e antirracista.

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