Com o aumento do preço do açúcar, saquinho de doces de Cosme e Damião vai ficar mais caro esse ano

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A tradicional festa de São Cosme e Damião e tradição de distribuir doces nas ruas, pode pesar no bolso dos devotos neste ano. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE) divulgados na ultima semana, os açucares e seus derivados tiveram inflação de 5,36% no acumulado de 12 meses terminando em agosto.

Os números da inflação são medidos e baseados no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo. O IPCA também mede os grupos dos alimentos em separado.

As 5 cidades em que tiveram a maior inflação no preço dos açucares e seus derivados nos últimos 12 meses, são:

  • Recife – 8,83%
  • Fortaleza – 7,76%
  • Aracaju – 7,69%
  • Goiás – 7,39%
  • Rio Branco – 7,20%
O saquinho de doces de Cosme e Damião vai ficar mais caro esse ano – Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil.

De acordo com Agnaldo Cuoco Portugal, do Departamento de Filosofia da Universidade de Brasília (UnB), em entrevista a Agência Brasil explicou que, na religião católica, Cosme e Damião eram dois irmãos gêmeos, considerados curandeiros – médicos na comunidade onde viviam. 

Na matéria ele explica que, para o catolicismo, não havia ligação entre os irmãos e as crianças ou a distribuição de doces. Mas que a prática veio da associação que os escravos fizeram de Cosme e Damião a orixás da umbanda e do candomblé: os Ibejis, filhos gêmeos de Xangô e Iansã.

“Naquela época, os escravos africanos não tinham a possibilidade de cultuar os seus orixás, as suas divindades livremente. Eles tinham que fazer essa associação com alguns santos católicos, pra não serem perseguidos. A tradição de dar doces tem a ver com esses dois orixás crianças que foram associados a Cosme e Damião”, explicou a Agência Brasil.

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Thayan Mina

Thayan Mina

Thayan Mina, graduando em jornalismo pela UERJ, é músico e sambista.

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