Quase 49% dos universitários negros buscam primeira oportunidade de estágio, indica pesquisa

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Em uma pesquisa realizada pela a EmpregueAfro, que entrevistou mais de 2000 estudantes universitários negros em todo território nacional, 48,9% dos candidatos ainda esperam a primeira oportunidade de estágio. A pesquisa buscou compreender a perspectiva do mercado dos universitários em relação aos programas de estágio.

De acordo com os dados coletados, muitos ressaltam que a maior dificuldade nessa busca, é a exigência das empresas que os candidatos tenham experiência, mesmo sendo uma vaga de estágio, junto com a localização geográfica e o idioma.

A pesquisa realizada pela a EmpregueAfro entrevistou mais de 2000 estudantes universitários negros /Foto: Marcello Casal Jr – Agência Brasil

Dos candidatos entrevistados, 77,8% se declararam pretos e 22,2%, pardos. Os mais novos, de 18 a 24 anos, representam 64,4% dos entrevistados, seguidos pelo público de 26 a 30 anos (13,3%), depois os de 30 a 35 anos (8,9%), 24 a 26 anos (6,7%), e por último, de 35 a 40 anos ou mais (6,4%). O local de moradia predominante dos entrevistados, é o eixo São Paulo – Rio de Janeiro e o curso com maior participação, foi o de Comunicação Social.

”Sinto não tão qualificada me comparando com candidatos que venham de escolas particulares, faculdades de elite… vejo que pessoas assim tem uma preferência maior no mercado”, disse uma das universitárias entrevistadas pela pesquisa. Os candidatos que mostram interesse por trabalhar em grandes marcas, não veem alternativas de como ingressar no mercado.

“A maioria ainda não sente que tem exigências requeridas como conhecimento em inglês e vivência profissional anterior – o que é extremamente nocivo para programas de inclusão, além do cuidado com a jornada desse estudante pós-contratação que precisa da mentoria para conseguir demonstrar suas potencialidades, performance e resultados”, disse Patricia Santos, CEO e fundadora do EmpregueAfro.

O cenário atual, mostra que muitos jovens tem dificuldade de se desenvolver profissionalmente, pela falta de oportunidade e isso acaba implicando diretamente no direcionamento futuro de um mercado mais equitativo.

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