Os idosos deixaram de ser a menor parcela da população brasileira, com a quantidade de pessoas com 60 anos ou mais passando de 8,7% para 15,6%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última quinta-feira (22).
Ainda de acordo com o instituto, daqui a duas décadas os idosos serão maioria no Brasil. Em 2023, eles ultrapassaram as pessoas jovens de 15 a 24 anos, que equivalem a 14,8% da população, e que vem diminuindo desde os anos 2000.
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Os dados também apontam que a taxa de fecundidade no Brasil tem diminuído, sendo vista como uma das principais causas para a redução populacional do país. Em 2023, ela chegou a 1,57 por mulher, em 2030, esse número será de 1,47, e em 2041 ela atingirá o menor índice, chegando a 1,44.
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Segundo a gerente de Estudos e Análises Demográficas do IBGE, Izabel Marri, a queda da taxa de fecundidade no país tem acontecido desde 1960 por diversos fatores, como a entrada das mulheres no mercado de trabalho, o aumento da escolaridade feminina e a popularização da pílula anticoncepcional.
“Tanto no Brasil quanto em outros países tem existido um adiamento da maternidade. As mulheres têm decidido ter filhos mais tarde. Indiretamente, isso também contribui para a redução do total de nascimentos“, explica.
Do mesmo modo, essa redução foi percebida de forma mais intensa na região nordeste. Em 2010, foram registrados 3.572.865 nascimentos, já em 2022 esse número caiu para 2.574.542. A projeção mostra que em 2070 haverá 1.488.161 nascimentos.