O Ministério Público Federal (MPF) enviou um ofício à Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), sobre o impacto das operações policiais nas comunidades do Rio de Janeiro no sistema educacional. No documento o MPF soliciata informações sobre as formas de reparo desses danos a nível nacional.
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Há uma preocupação em reduzir e reparar a defasagem que a paralisação das aulas causadas pelos confrontos armados vão deixar aos alunos das redes públicas de ensino. Por isso, este ofício enviado pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) também levanta como a reposição dessas aulas e a compensação dos dias letivos perdidos será feita, a nível nacional.
Entende-se que a educação é colocada em segundo plano, visto que não há uma frequência em comunicar às unidades de ensino quando terá operação, sendo feitas em alguns casos, por e-mail ou pelo Whatsapp. Há uma recorrência de que essas operações foram realizadas durante horário escolar, totalizando 522 incursões na capital, informados pela Polícia Militar (PM). E de acordo com a Polícia Civil, foram feitas 121 incursões no período de Janeiro de 2022 a Setembro de 2023.
Na região metropolitana, algumas unidades precisam entrar em contato com a Secretaria de Segurança Pública, a fim de saber se as operações irão acontecer. Enquanto na Baixada Fluminense, há um alto índice de registro de comunicação de ações da polícia, em Duque de Caxias alunos chegaram a ficar 136 dias do ano letivo com aulas suspensas ou interrompidas e em Magé, alunos ficaram durante um mês do ano letivo, com aulas remotas para garantir a segurança escolar.
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