A Polícia Federal (PF), junto com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) resgataram, nesta segunda-feira (29), mais de 70 garimpeiros que foram submetidos a situações equiparadas à escravidão em Maués, no sul do Amazonas.
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O garimpo ilegal era realizado em um poço, então os trabalhadores operavam de forma subterrânea e não tinham nenhum equipamento de proteção individual. Além disso, a PF informou que os garimpeiros eram submetidos a “prática de servidão por dívida” com os patrões, e por isso não recebiam pelo trabalho, e por tanto, “evidenciando a exploração desumana dos trabalhadores“.
Uma foto, divulgada pela PF, mostra um caderno com as dívidas de itens como leite condensado e cigarro. A lista também inclui itens de higiene pessoal, caixas de bombom e até material de saúde básica, como curativos e soro fisiológico. A página tem data do último dia 18 de abril.
De acordo com o órgão, o garimpo era um dos mais lucrativos da América Latina, com uma produção diária superior a 6kg de ouro.
“Essa ação conjunta visa não apenas coibir atividades ilegais, mas também proteger os direitos dos trabalhadores e preservar o meio ambiente. Os responsáveis pelo garimpo ilegal serão responsabilizados perante a lei, enquanto medidas serão tomadas para garantir o resgate e a assistência adequada aos trabalhadores encontrados em situação de vulnerabilidade“, disse a PF, em nota.
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