De acordo com um levantamento realizado pela Folha de S. Paulo e divulgado no último domingo (21), analisando os perfis dos pré-candidatos às prefeituras das capitais brasileiras para as eleições deste ano, apenas 20% correspondem a mulheres. Os números mostram que dos 172 nomes que devem concorrer nas capitais dos 26 estados, apenas 37 são mulheres.
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Em 2020, apenas 12% dos prefeitos eleitos eram mulheres, enquanto 87,9% eram homens, no primeiro turno. Atualmente, além das campanhas da Justiça Eleitoral por mais diversidade entre os candidatos e maior participação feminina, a legislação também determina que os partidos destinem no mínimo, 30% dos recursos públicos para campanha eleitoral às candidaturas femininas.
O mesmo também se refere ao tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão, que deve ser o mesmo para as candidatas. Alguns dos nomes de mulheres cotados para o cargo até agora são de Maria do Rosário (PT), em Porto Alegre, Tabata Amaral (PSB), que vai concorrer à prefeitura de São Paulo e a deputada federal Duda Salabert (PDT) que vai concorrer em Belo Horizonte.
Segundo o levantamento da Folha, Salvador (BA) e Rio de Janeiro (RJ) são duas das nove capitais que só possuem homens concorrendo a prefeitura nas capitais. Por outro lado, Aracaju (SE) é a única capital que a maior parte das pré-candidatas são mulheres, e Campo Grande, que já é comandada por uma prefeita – Adriane Lopes (PP), a primeira a assumi o cargo – enfrentará este ano outras duas candidatas.
Em todo o país, 11 capitais já tiveram mulheres no comando das prefeituras, como mostra o levantamento. As pré-candidaturas analisadas, tem até o dia 15 de agosto para serem formalizadas.
Mas quando se trata de mulheres negras, os números relativos as eleições passadas também mostram a desigualdade política. Segundo o levantamento feito pelo movimento Mulheres Negras Decidem, com dados da Base de Candidaturas TSE, em 2020 das 21 mulheres negras candidatas às prefeituras das capitais brasileiras, nenhuma foi eleita.
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