No último sábado (13), o personal trainer João Antônio foi abordado no intervalo de um jogo de futebol, entre Confiança e Sergipe. O torcedor foi “confundido” pelo reconhecimento facial usado pela Polícia Militar (PM), no Estádio Lourival Batista, em Aracaju. Através do seu perfil pessoal ele contou que se sentiu constrangido.
A abordagem aconteceu no intervalo do jogo, quando ele estava na arquibancada, acompanhado de amigos e do irmão de 16 anos.
“Na final do Campeonato Sergipano passei uma uma situação que nunca imaginei que fosse possível e venho com vergonha e indignação compartilhar para que algo aconteça e isso não se repita. Fiquei altamente constrangido, tentando esconder meu rosto, não sabia o que fazer pois tava a torcida do Confiança inteira me olhando, conhecidos e desconhecidos“.
O jovem relata que foi detido na arquibancada e encaminhado para uma sala no interior do estádio. Em seguida, foi interrogado e intimidado, mas a polícia reconheceu o erro após o interrogatório, pediu desculpas e o liberou.
“Já no gramado, o policial me perguntou meu nome, quando falei, percebi um pouco de surpresa. Disseram que fui reconhecido por um sistema de reconhecimento facial que ‘dificilmente erra’ (…) Quando viram no sistema deles e confirmaram que foi engano, pediram desculpas, disseram que era procedimento padrão, que outro torcedor nesse mesmo dia foi pego de forma correta e me liberaram”, completou.
O governador de Sergipe, Fábio Mitidieri, anunciou, por meio das redes sociais, a suspensão do uso da ferramenta de reconhecimento facial após falha na final do Campeonato Estadual.
“Os instrumentos de segurança do Estado não podem constranger nossos cidadãos. Em nome do governo de Sergipe, me solidarizo com João Antônio e sua família”, disse ela em seu perfil oficial no X (antigo Twitter).
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