Governador de São Paulo fala sobre operação policial que já deixou 39 mortos: “Tô nem aí”

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Nesta sexta-feira (08), o governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse que a Operação Verão, feita pela polícia no litoral paulista, é realizada de forma profissional. “Sinceramente? Tenho muita tranquilidade ao que está sendo feito. E aí o pessoal pode ir na ONU, na Liga da Justiça, no raio que o parta que eu não tô nem aí”, afirmou.

A reação do governador foi referente à abertura das investigações feitas pelo Ministério Público (MP), que aconteceu na última quinta-feira (07), para analisar denúncias de funcionários do sistema de saúde de Santos. 

Eles revelaram que pessoas baleadas pela Polícia Militar (PM) durante a Operação Verão são levadas sem vida às unidades de saúde, com o intuito de simular socorro para alterar as cenas das mortes.

Operação Verão acontece desde dezembro de 2023

As ações da polícia acontecem na baixada santista desde o fim do ano passado. Com a morte de policiais no mês de fevereiro deste ano, foi anunciada a segunda e a terceira fase da operação, que contaram com o reforço de agentes e a instalação do gabinete de Segurança Pública no município.

Em contrapartida, as mortes que aconteceram durante as atividades policiais só começaram a ser contabilizadas a partir do dia 07 de fevereiro.

Nesse meio tempo, a Defensoria Pública do Estado de São Paulo (DPESP) pediu à Organização das Nações Unidas (ONU) o fim da operação policial na região.

Juntamente com a Conectas Direitos Humanos e o Instituto Vladimir Herzog, a DPESP também solicitou a obrigatoriedade do uso de câmeras corporais pelos policiais militares, que, segundo o órgão, não foram utilizadas em nenhuma das ocorrências examinadas.

“Estão me agradecendo”, diz o governador

Segundo o governador Tarcísio Bispo, diversos empresários da baixada santista agradeceram a ele pela operação. “Eles disseram ‘nunca ninguém fez isso’. Essa turma de policiais [que estão nas ações] são profissionais que estão dando a vida, se expondo ao risco para me proteger e proteger a sociedade”, disse.

Leia também: Câmeras corporais diminuem número de mortos em operações da Polícia Militar em São Paulo

Fernanda Amordivino

Fernanda Amordivino

Estudante de jornalismo na UFRB e integrante do Coletivo Angela Davis - Grupo de Pesquisa Ativista sobre Gênero, Raça e Subalternidades. Possui experiência em radiojornalismo e assessoria de comunicação.

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