Devido às fortes chuvas que assolam o estado do Acre nos últimos dias, 17 municípios se encontram em estado de emergência, enfrentando inundações e danos causados pelo transbordamento de rios e igarapés. O decreto, publicado em edição extra do Diário Oficial do estado no último domingo (25), tem validade por 180 dias e visa à mobilização de recursos e esforços para atender às vítimas e minimizar os impactos da situação.
As cidades mais afetadas incluem Assis Brasil, Brasileia, Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia, Jordão, Rio Branco, Santa Rosa do Purus, Tarauacá e Xapuri. Em particular, Jordão enfrenta uma situação preocupante, com grande parte da cidade submersa e uma significativa parcela da população prejudicada, incluindo 651 unidades consumidoras sem energia elétrica.
Para tentar auxiliar os moradores, o governo do Estado está mobilizando equipes do Corpo de Bombeiros, Polícias Civil e Militar, além da Defesa Civil, para distribuir alimentos, água potável e outros itens essenciais às comunidades afetadas. Parcerias com o setor privado são buscadas para ampliar os esforços de assistência.
Além das áreas urbanas, as aldeias indígenas também enfrentam severas consequências, com perdas em áreas de cultivo. Segundo o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Alto Rio Purus, pelo menos 395 famílias indígenas foram afetadas pelas cheias dos rios Iaco, Purus e igarapés da região.
A situação é considerada crítica pela Organização dos Povos Indígenas do Rio Juruá, que alerta para o avanço das águas, ameaçando aldeias inteiras e colocando em risco a vida e a subsistência de centenas de famílias.
O decreto publicado facilita o acesso a recursos federais para lidar com eventos extremos e abrange uma série de medidas para garantir apoio às áreas afetadas. Com 46 abrigos públicos em operação, cerca de 5.578 pessoas desabrigadas e 5.703 desalojadas estão recebendo assistência do governo.
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Diante desse todo esse cenário, a população pode acompanhar as informações oficiais e seguir as orientações das autoridades, que é evitar as áreas de risco. Em caso de emergência, a Defesa Civil está disponível para atendimento pelo telefone 199.
