Carnaval de SP: maior parte dos trabalhadores são pessoas negras e mulheres, aponta pesquisa

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Uma pesquisa feita pelo Datafolha em parceria com a Amstel e a Liga das Escolas de Samba de São Paulo, mapeou o perfil dos trabalhadores do setor de carnaval paulistano, revelando que a maior parte são pessoas negras e mulheres, sendo 55% e 54% dos entrevistados, respectivamente, sendo 30% pretas e 24% pardas.

Os dados recolhidos a partir de entrevistas realizadas entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024, com 1.752 pessoas com mais de 25 anos, também aponta que 84% dos entrevistados se declararam heterossexuais enquanto que apenas 10% afirmam que são homossexuais, e 4% bissexuais.

Aderecistas, costureiras, vidraceiros são alguns dos trabalhadores do carnaval que se dedicam ao pavilhão por horas /Foto: Cristina Indio do Brasil/Agência Brasil

Quando se trata de pessoas trans neste espaço, os dados são ainda mais dispares, já que 92% dos entrevistados são pessoas cisgênero, ou seja, que se identifica com o gênero designado no nascimento. Dos trabalhadores, 43%, homens e 1%, não-binário.

Os trabalhadores ouvidos se dedicam à todas as escolas de samba da capital paulista do grupo especial, como a campeã de 2023, a Mocidade Alegre. Deles, 17% se dedicam às escolas de samba nas quais trabalham há mais de 10 anos, sendo que a pesquisa também demonstra a dedicação deles ao pavilhão.

Os dados coletados pelo Datafolha junto da Amstel e a ligahttps://ligasp.com.br/, mostram que 47% moram próximo ao local da agremiação, e 42% se dedicam a escola praticamente todos os dias da semana.

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Bárbara Souza

Bárbara Souza

Carioca da gema, criada em uma cidade litorânea do interior do estado, retornou à capital para concluir a graduação. Formada em Jornalismo em 2021, possui experiência em jornalismo digital, escrita e redes sociais e dança nas horas vagas. Se empenha na construção de uma comunicação preta e antirracista.

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