A Justiça Federal determina, em segunda instância, que Cacau Protásio deve receber R$80 mil reais por ataques e ofensas racistas que recebeu em novembro de 2019, pelo Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro. A situação ocorreu durante as gravações do filme Juntos e Enrolados, gravado no quartel da Corporação, no centro do Rio.
Logo após terminar a gravação do filme, áudios e vídeos começaram a circular nas redes sociais, neles bombeiros faziam comentários ofensivos contra Cacau. Em um dos vídeos é possível ouvir um dos agentes dizer. “Mete aquela gorda, preta, filha da puta na farda de bombeiro” disse o homem. Parte das ofensas foram registradas no local de gravação.
A atriz conta que as gravações ocorreram com a autorização da corporação e que na ocasião foi bem tratada pelos profissionais, mas que logo após o término das gravações, tomou ciência da divulgação de vídeos na internet com comentários preconceituosos.
O Corpo de Bombeiro disse que identificou os dois agentes responsáveis pelas gravações, um deles foi detido por 3 dias, e o outro que gravou e compartilhou as ofensas foi detido por 10 dias. Na época, Cacau compartilhou um vídeo sobre o assunto “Sou negra, sou gorda, sou brasileira, e não mereço ser agredida”, contou a atriz.
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A atriz pediu uma indenização de R$80 mil por danos morais e exigiu uma retratação da corporação. O caso recebeu parecer favorável, e a Justiça condenou o Governo do Estado do Rio a pagar R$30 mil, no entanto a atriz teve seu pedido de retratação negado pela Justiça.