No Dia Internacional para o Fim da Violência contra as Mulheres, celebrado no último sábado (25), foi divulgado o relatório do ‘Observatório de Igualdade de Gênero da América Latina e Caribe’. Os dados atualizados mostram que teve um aumento em casos de feminicídio na América Latina e no Caribe, no último ano.
No ano passado, pelo menos 4.050 mulheres foram vítimas. O que significa que a cada duas horas, uma mulher morreu de violência de gênero. A pesquisa foi realizada em 26 países na região, e mostra que as principais vítimas são mulheres jovens, de 15 a 44 anos, sendo 70% delas. Já 4% tinham menos de 15 anos, e 8% mais de 60 anos.
Honduras foi o país que mais teve vítimas em 2022, com seis por 100 mil mulheres. Os países El Salvador, República Dominicana e Uruguai também possuem as taxas mais altas. Segundo o secretário executivo da Comissão, a América Latina e o Caribe têm o dever de prevenir e combater todas as formas de violência contra mulheres e meninas.
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgou o balanço do primeiro semestre de 2023, sobre os casos de feminicídio no Brasil, que tiveram alta. Foram 2,6% a mais neste ano do que nos primeiros seis meses de 2022: 722 assassinatos no total, o maior número da série histórica.
O anuário da violência aponta que, em 2022, foram as mulheres em idade reprodutiva as principais vítimas desse tipo de crime: 71,9% das 1.437 mortes. Dessas, 61,1% eram mulheres negras. Houve aumento no ano passado também dos casos de estupro contra meninas e mulheres.
Foram 34 mil casos, salto de 14,9%. Isso corresponde uma ocorrência de violência sexual a cada 8 minutos, a maior proporção desde 2019.
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