Liniker é a primeira mulher trans imortal na Academia Brasileira de Cultura

400051078_18365862580077772_4617031468542470624_n-e1699908619548.jpg

Nesta terça-feira (14) a cantora e compositora Liniker vai receber um assento como imortal na Academia Brasileira de Cultura (ABC), sendo a primeira mulher trans a ocupar esse lugar, na instituição. Liniker vai preencher a cadeira número 51, que foi da cantora e compositora Elza Soares, que faleceu no último ano.

A artista de 28 anos, também foi a primeira pessoa trans a vencer um Grammy Latino na categoria ‘Melhor Álbum de Música Popular Brasileira’ com o projeto Indigo Borboleta Anil. Junto de Liniker, Margareth Menezes, Conceição Evaristo, Alcione e Luana Xavier também vão receber um lugar na academia. Nas redes sociais, a cantora comemorou o feito.

Eu ainda nem sei o que falar com tamanha honraria que recebo. Assumir esse lugar, a cadeira 51, que foi de Elza Soares nossa eterna voz, no Brasil em que vivemos, com os recortes que perpassam meu corpo, é surreal e gigantesco. Nunca achei que seria possível ser considerada assim, por não imaginar mesmo, por ser distante“, escreveu Liniker, que continuou:

“No meu peito se encontra um certo silêncio preenchido por emoção, por imaginar minha trajetória até aqui, pensando em tudo o que eu já escrevi e ainda escreverei, cantarei, interpretarei, assimilarei e construirei junto à cultura brasileira. A minha família, meus amigos, meus amores, meus fãs, a academia brasileira de cultura e toda a minha ancestralidade, obrigada.”

A cantora destacou que sua fala “não é apenas um post numa rede social”, e reforçou que esse momento, é histórico. “Aqui vemos a história sendo escrita junto a um mar de novas possibilidades que se abrem para tantas pessoas no Brasil. Nós estamos aqui e nós existimos“.

Leia também: “Esquecidas mais uma vez”, desabafa Liniker ao não ser convidada para premiação que venceu

Bárbara Souza

Bárbara Souza

Carioca da gema, criada em uma cidade litorânea do interior do estado, retornou à capital para concluir a graduação. Formada em Jornalismo em 2021, possui experiência em jornalismo digital, escrita e redes sociais e dança nas horas vagas. Se empenha na construção de uma comunicação preta e antirracista.

Deixe uma resposta

scroll to top