Após caso de racismo, Festival Liberatum se pronuncia: “é contra tudo que lutamos”

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Na última terça-feira (07), o perfil oficial do festival Liberatum, evento realizado pela primeira vez em Salvador no início do mês de novembro, se pronunciou publicamente sobre um caso de racismo sofrido pelo influenciador Jackson Cunha, mais conhecido como Vitty, expos em suas redes sociais.

Um comunicado oficial foi divulgado nas redes do evento, assinado pelo idealizador do festival, Pablo Ganguli, se solidarizando por Vitty. “A Liberatum expressa publicamente repúdio às situações de racismo que aconteceram nos últimos dias. Eu. Pablo. Fundador da Liberatum. Pessoa não-branca, indiana. Queer. Não só tive meu cargo questionado por pessoas brancas do público, como fui fisicamente empurrado por uma delas durante o festival”, disse no comunicado.

Jackson Cunha, o Vitty denunciou o caso em suas redes sociais- Foto: Reprodução/Instagram

A Liberatum se responsabiliza e se solidariza com toda e qualquer pessoa que tenha experienciado discriminação, em especial @euvitty que publicamente sinalizou o caso criado por um dos nossos funcionários, que foi imediatamente expulso do local“, completa.

O influenciador fala que um rapaz branco e de fora do Brasil teria tentado interferir no momento em que ele e outros criadores de conteúdo pretos estavam fazendo foto. “Não aconteceu nem uma, nem duas vezes. Aconteceram várias vezes e não só comigo, mas com outras pessoas também”, disse. Ele continua dizendo que estava acompanhado de alguns amigos e deixaram suas bolsas em cadeiras para marcar os lugares.

A equipe que estava comigo falou ‘coloca a bolsa de vocês para marcar o lugar na cadeira’. Todo mundo botou a bolsa e a gente foi tomar um ar. Daqui a pouco chega Andressa e fala ‘tão mexendo na nossa bolsa, tão pedindo pra retirar nossa bolsa’ quando eu chego lá quem é que está fazendo esse alvoroço todo? A paquita pomba suja, queria tirar a nossa bolsa porque ‘não sei quem’ iria sentar naquele lugar”, conta

O influenciador disse ainda que eles denunciaram o caso e o homem foi expulso mas afirma que o acusado estava presente no fechamento. “Foi uma falta de respeito com Salvador, uma falta de respeito com as pessoas pretas e principalmente uma falta de respeito com os artistas e pessoas pretas de Salvador. Foi uma grande falta de respeito eles virem de lá para vim promover o evento aqui e desmerecer as pessoas da casa. Foi uma grande falta de respeito. Serve de aprendizado para vocês que têm a síndrome de vira lata e não valoriza os artistas locais de vocês”, acrescenta.

Após investigação interna, o mesmo foi devidamente notificado e demitido. Nós não compactuamos com nenhuma forma de discriminação ou intolerância a ninguém. É contra tudo que lutamos”, finalizou Pablo.

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