No acumulado de 12 meses, até setembro deste ano, o preço das carnes caiu 11,06%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Seguindo as projeções de especialistas da economia, o preço das carnes pode fechar o ano com maior queda desde 1995, quando foi implementado o Plano Real.
Os números da inflação são medidos e baseados no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo. De acordo com o IPCA, as carnes que mais baixaram de preço até setembro deste ano foram fígado e o filé mignon.
Ao todo 18 tipos de cortes são calculados no índice, a maioria cortes bovinos. No acumulado de 12 meses até setembro 17 cortes tiveram queda no preço. Veja abaixo os cortes que tiveram maiores quedas:
- Filé Mignon (-15,52%)
- Fígado (-15,83%)
- Filé (-14,9%)
Apesar da redução histórica, ainda não compensa o aumento que o setor teve nos últimos anos.
De acordo com a previsão de economistas ouvidos pelo jornal Folha de São Paulo, o mês de dezembro pode ter queda de 11,35% no acumulado de 12 meses segundo especialistas do banco Santander Brasil, A LCA consultores deu previsão de queda de 10,75% no mesmo período. Apesar da disparidade das projeções, caso se confirme seria a maior queda desde dezembro de 1995 que foi de 10,25%.
Mais pobres são menos atingidos por inflação com queda no preço de alimentos devido ao padrão de consumo das famílias de renda mais baixa. Além das carnes, outros alimentos também tiveram queda no período de 12 meses. Confira abaixo os alimentos que tiveram maior queda:
- Batata (-10,4%)
- Feijão (-7,6%)
- Leite (-4,1%)
- Farinha de trigo (-3,3%)
- Carnes (-2,9%)
- Aves e ovos (-1,7%)
- Óleo de soja (-1,2%)
Leia mais aqui: Por que o PIB cresce e eu não fico rico?