Torcedores do Palmeiras são alvo de racismo e pedradas em jogo na Argentina

torcedor-do-Boca-racismo-palmeiras.jpeg

Nesta quinta-feira (29), os torcedores do Palmeiras que viajaram até Buenos Aires, na Argentina, tiveram o ônibus apedrejado antes de chegarem ao estádio La Bombonera, e foram alvo de racismo durante a partida contra o time argentino Boca Juniors. Os momentos anteriores ao jogo da semifinal da Copa Libertadores, foram marcados por violência contra os torcedores brasileiros.

Em um dos casos, um torcedor do Boca Juniors exibiu o celular com a palavra “macaco” escrita em um celular, que apontou em direção ao setor reservado a torcida visitante, local onde se encontrava a torcida do Palmeiras. No vídeo que circulou a internet, é possível ver o torcedor palmeirense reprimindo a atitude e dizendo, para o argentino mostrar o que estava escrito.

Em outro vídeo que circula nas redes, é possível ver outro torcedor do time argentino imitando gestos de macaco em direção a torcida do Palmeiras.

A diretoria do clube paulista reforçou nos dias anteriores ao jogo os avisos sobre a segurança para os torcedores. Apesar disso, um dos ônibus que seguia em direção ao estádio foi apedrejado. Segundo informações da polícia local, não foi possível identificar a origem do lançamento das pedras.

Em seguida, o ônibus foi parado e parte dos torcedores optaram por continuar o trajeto a pé, por questões de segurança.

Os casos de racismo em competições sul-americanas são recorrentes. Só nesta edição da Libertadores, o jogador do Palmeiras Bruno Tabata foi ofendido pela torcida do Cerro Porteño, em jogo no Paraguai, no aquecimento antes de começar o jogo. Em outro caso o goleiro Everson do Atlético Mineiro, também foi alvo de ofensas racistas e fez cobranças a Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL).

A primeira partida da semifinal da Libertadores entre Boca Juniors x Palmeiras terminou em 0x0. O jogo de volta ocorrerá no dia 05 de outubro em São Paulo, o time vencedor se classificará para a final que ocorrerá no Maracanã.

Até o presente momento nem o Boca Juniors, nem a Conmebol se manifestou.

Leia mais aqui: Jornalista Marcos Valentim fala sobre racismo no futebol no podcast “Reconhecer e Reparar”, do Futura

Thayan Mina

Thayan Mina

Thayan Mina, graduando em jornalismo pela UERJ, é músico e sambista.

Deixe uma resposta

scroll to top