A ‘V Mostra de Teatro de Heliópolis’ tem programação gratuita em São Paulo

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A ‘V Mostra de Teatro de Heliópolis‘ acontece até o próximo sábado (19) na Casa de Teatro Maria José de Carvalho (no Ipiranga), em São Paulo, e nas ruas da comunidade. Todas as atividades são gratuitas, incluindo transporte de van para as apresentações, a partir da estação Sacomã do Metrô.

O evento, que vem se consolidando com um dos principais expoentes do teatro das periferias, apresenta um panorama teatral de artistas e grupos independentes que atuam em comunidades populares ou periferias do estado de São Paulo. A programação é formada por sessões teatrais (adultos, infantis e teatro de rua), e oficinas de formação.

A Casa de Teatro Maria José de Carvalho (sede da Companhia de Teatro Heliópolis) recebe os espetáculos: Sankofa – Cantando e Recontando Histórias do Cangaço e da Jova (Bando Jaçanã), Mãos Trêmulas (produção de Catarina Milani), Boris Não Está Pronto (Coletivo Dolores Boca Aberta Mecatrônica de Artes), Cabo Enrolado (Cia. Graxa) e (A)Dor(A) (Cia. Provisório-Definitivo), além do Slam do Helipa e da Feira do Livro. desde o último sábado (12)

Espetáculos infantis e circenses ocupam as ruas de Heliópolis levando humor e diversão para o público: Água Doce (Cia. da Tribo), A Cruzada Dos Corações Puros (Ou Quem Inventou A Guerra?) (Cia. Variante), Rir Para Não Chorar (Palhaço Musir), De Repente Tiago (Esquadrilha Marginália) e A Morte do Mané Bufão (ProCênicos).

O espetáculo ‘De Repente Tiago’ da Esquadrilha Marginália foi apresentado no evento /Foto: Divulgação

Como nas edições anteriores, haverá resenhas sobre todos espetáculos da Mostra pelo olhar crítico dos/das jornalistas Simone Carleto, Carol Angrisani, Luiz Campos, Everton José, Flávio Mello, Fábio Resende e José Carneiro.

A V Mostra de Teatro de Heliópolis – Realizada pela Companhia de Teatro Heliópolis e pela MUK, a quinta edição da Mostra de Teatro de Heliópolis tem como objetivo fortalecer, estimular e difundir a criação artística de grupos e artistas atuantes em comunidade populares, bem como oferecer oportunidades e visibilidade à rica e pulsante cena teatral periférica. A curadoria foi realizada pelo professor e crítico teatral Alexandre Mate. Miguel Rocha, fundador da Companhia de Teatro Heliópolis, assina a direção artística, e Daniel Gaggini e Dalma Régia, a direção de produção do evento. Este projeto foi contemplado pelo ProAC Editais, da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo.

V Mostra de Teatro de Heliópolis

Espetáculos: 12 a 19 de agosto de 2023

Oficinas: 15/8 e 16/8

Locais das apresentações: Casa de Teatro Mariajosé de Carvalho (Rua Silva Bueno, 1.533 – Ipiranga. SP/SP) e Ruas de Heliópolis (verificar os locais na programação)

Informações, programação e inscriçõeshttp://ciadeteatroheliopolis.com/mostra2023/

Instagram: @mostraheliopolis e @ciadeteatroheliopolis 

Facebook: @mostradeteatrodeheliopolis e @companhiadeteatro.heliopolis

Toda a programação é gratuita.

Ingressos (Casa de Teatro Mariajosé de Carvalho):  Serão distribuídos 1h antes das sessões, por ordem de chegada.

Transporte gratuito para todas as sessões (Van): Estação Sacomã do Metrô (saída Rua Bom Pastor). Horários de saída da estação serão divulgados nas redes sociais do evento.

PROGRAMAÇÃO | ESPETÁCULOS

17/08 – Quinta

16h -Teatro de rua: Palhaço Musir (ABC)

Espetáculo: Rir Para Não Chorar

Gênero: Comédia. Duração: 40 minutos. Classificação:  Livre.

Local: EMEF Luiz Gonzaga do Nascimento Jr. – Estrada das Lágrima, 1. 029 – Heliópolis.

Rir Para Não Chorar é um espetáculo composto por três números circenses: o mais bonito, o mais difícil e o mais perigoso. Estes são os fatores que compõem a trama vivida por um palhaço que encontra na rua seu palco e, na relação com o público, seu principal material de trabalho, construído por malabarismos, equilibrismo, música e muita comicidade. 

FICHA TÉCNICA – Atuação e concepção: Guilherme Frattini (Palhaço Musir). Cenário: Chris Zanella. Figurino: Karine Lopes. Trilha Sonora: Guilherme Frattini.

20h – Teatral adulto: Coletivo Dolores Boca Aberta Mecatrônica de Artes (ZL)

Espetáculo: Boris Não Está Pronto

Gênero: Experimental. Duração: 65 minutos. Classificação: 14 anos.

Roda de Conversa: grupo e plateia, com mediação. 

Local: Casa de Teatro Mariajosé de Carvalho – Rua Silva Bueno, 1.533 – Ipiranga.

Bóris não é um indivíduo. Bóris não é um personagem. Bóris não é uma pessoa. Bóris é a síntese da masculinidade, um ser inacabado. Bóris é um vir a ser. Quatro atores se dividem em cena para apresentar fragmentos de situações exemplares da construção do ser homem, do imaginário e da cultura machista. Com foco nas fragilidades do homem, na tortura do machismo sobre a masculinidade e nas consequências da perpetuação desta mazela social e histórica, a peça se ampara na forma lírica e épica para compor um mosaico do homem. 

FICHA TÉCNICA – Autores:  Tiago Mine e Luciano Carvalho. Direção: Luciano Carvalho. Elenco: Tiago Mine, Cristiano Carvalho, João Alves e Fernando Couto. Vozes em off: Erika Viana, Tati Matos e Camila Grande. Dramaturgistas: Tiago Mine e Luciano Carvalho. Iluminação e operação de som: João Alves. Produção: Erika Viana e João Alves e Coletivo Dolores Boca Aberta Mecatrônica de Artes.

18/08 – Sexta

16h – Teatro de rua: Esquadrilha Marginália (Cubatão)

Espetáculo: De Repente Tiago

Gênero: Comédia. Duração: 45 minutos. Classificação:  Livre.

Local: Rua Líderes de Heliópolis, S/N – Heliópolis.

Inspirado no universo literário de Ariano Suassuna, a esquete teatral narra a história
de três jovens retirantes que, de passagem pela cidade, resolvem contar causos de Thiago, um rapaz nordestino de origem humilde que, em meio às suas brincadeiras de menino, comete um deslize. Ele é preso e morre. Diante do tribunal celeste, formado por Deus e o Diabo, o jovem terá a última chance de provar sua inocência.

FICHA TÉCNICA: Elenco, produção e dramaturgia: Lucas Pereira, Luiz Guilherme e Michel Do Carmo. Direção: Sander Newton.

20h – Teatral adulto: Cia. Graxa (ZL)

Espetáculo: Cabo Enrolado

Gênero: Drama. Duração: 70 minutos. Classificação: 14 anos.

Roda de Conversa: grupo e plateia, com mediação. 

Local: Casa de Teatro Mariajosé de Carvalho – Rua Silva Bueno, 1.533 – Ipiranga.

Sobre os tijolos de uma casa em construção, vemos a infância de um jovem periférico sendo edificada. Mais tarde, esse mesmo jovem tenta adentrar no novo mercado de trabalho “livre“, oferecido pelos aplicativos. Ecoa em sua história a nau estrangeira, saqueando o mercado atual. Finalmente pronto em carne, ossos, unhas e dentes, encontramo-no aqui. Antonio anônimo ou brasileiro, pagando a morte a vista, depois de entregar a vida a prazo.

FICHA TÉCNICA – Concepção, direção e interpretação: Julio Lorosh. Assistência de direção e produção: Bibi Wine. Assistência geral: Guynho Sousa. Direção musical e arranjos: Cesar Aranguibel. Composição: Dunstin Farias e Julio Lorosh. Criação musical: Cesar Aranguibel, Dunstin Farias, Julio Lorosh e Matheus Vieira. Desenho de movimento: Castilho Assessoria. Design gráfico: Rafael Américo e Bibi Wine. Cenografia e figurino: Walison Martins. Desenho de Luz: Felipe Tchaça. Registros: Lorena Rezende.


19/08 – Sábado

16h – Teatro de rua: ProCênicos (São Paulo)

Espetáculo: A Morte do Mané Bufão

Gênero: Comédia. Duração: 50 minutos. Classificação: Livre.

Local: Viela 1º de Maio, S/N – Heliópolis 

Mané Bufão é um preguiçoso nato, mas muito esperto. Certo de que consegue dar nó em pingo d’água, ele deixa de pagar as contas da casa que deve no bar da D. Gervásia, e abusa da boa vontade de Totonha, sua esposa. Cansado das mentiras desse preguiçoso, o delegado resolve prendê-lo. Mané prefere morrer a ficar preso, só que a Morte resolve atender seu pedido, na visita, e um acordo é selado. Será que Mané Bufão vai cumprir o combinado?

FICHA TÉCNICA – Autor: Desconhecido. Direção: Talita Hunntter. Elenco: Guto Nunes, Janayna Hernandes, Mário Panza e Silvania Belo. Operação de som: Talita Hunntter. Assistência de produção: Bruna Nunes.


20h – Teatral adulto: Cia. Provisório-Definitivo (São Paulo)

Espetáculo: (A)Dor(A)

Gênero: Drama. Duração: 90 minutos. Classificação: 14 anos.

Roda de Conversa: grupo e plateia, com mediação. 

Local: Casa de Teatro Mariajosé de Carvalho – Rua Silva Bueno, 1.533 – Ipiranga.


Três mulheres acham dentro de si um passado que preferiam ter esquecido: aquele vivido no período de ditadura militar no Brasil. Elas são três facetas da mesma mulher: (Dora) Maria, Auxilia (Dora) e (Dor) A, que compõem essa mulher dilacerada em mil pedaços. Memórias a partir do ponto de vista de cada uma delas começam a vir à tona em um jogo de metalinguagem, que aproxima e distancia o espectador.

FICHA TÉCNICA – Texto e direção: Pedro Guilherme. Elenco: Ana Tardivo, Flavia Couto, Pedro Guilherme, Thiago Andreuccetti e Sofia Botelho. Figurino: Maria D’Cajas. Cenário: Pedro Guilherme. Cenotécnica: Mateus Fiorentino Nanci. Trilha sonora: Barbara Frazão. Iluminação: Vinícius Andrade. Edição de vídeos: Gabriela Bernd. Operação de vídeo: Júnior Docini. Fotografia: Bob Sousa. Arte gráfica: Flavia Couto. Produção: Paula Arruda e Pedro Guilherme. Idealização inicial: Henrique Stroeter. Realização: Cia. Provisório-Definitivo.

PROGRAMAÇÃO | VIVÊNCIA e OFICINAS

15/08 – Terça

14h às 21h – Oficina: Encontrando a Sua Singularidade no Coletivo

Ministrante: Leona Jhovs

Local: Casa de Teatro Mariajosé de Carvalho – Rua Silva Bueno 1533 – Ipiranga.

Público alvo: Interessados em geral. Idade: a partir de 16 anos. Vagas: 20.

Inscrições gratuitas: Formulário nas redes sociais da Companhia e da Mostra.

Conduzida pela atriz Leona Jhovs, a oficina é uma provocação ao artista em se conectar com o outro por meio de jogos teatrais e outros impulsionamentos. Trata-se de uma pesquisa do ‘eu’ através do outro, desenvolvendo, assim, a criatividade, a expressão corporal e outras tantas características importantes para sua jornada artística.

Leona Jhovs é paulistana, mulher transfeminista, multi-a(r)tivista, atriz, diretora, roteirista, apresentadora, performer. Cofundadora do MONART (Movimento Nacional de Artistas Trans), colaboradora no Manifesto Representatividade Trans, cofundadora da Casa Chama e atual presidenta do Instituto Cultural e Artístico Luz do Faroeste. Desde de 2011, atuou em diversos espetáculos das cias: Pessoal do Faroeste, Coletivo Ópera Urbe, Satyros, Núcleo Experimental de Teatro. No audiovisual, foram mais de 13 produções de séries, longas e curtas. Atualmente, faz parte do elenco do musical Brenda Lee e o Palácio das Princesas, vencedor do prêmio APCA na categoria Melhor Espetáculo, além de diversos outros prêmios.

16/08 – Quarta

14h às 21h – Oficina: Produção Cultural

Ministrante: Daniel Gaggini

Local: Casa de Teatro Mariajosé de Carvalho – Rua Silva Bueno 1533 – Ipiranga.

Público alvo: Interessados em geral. Idade: a partir de 16 anos. Vagas: 20.

Inscrições gratuitas: Formulário nas redes sociais da Companhia e da Mostra.

Conduzida pelo produtor Daniel Gaggini, a Oficina de Produção Cultural aborda todas as etapas que compreendem uma produção, sendo ela teatral, audiovisual ou de difusão. São abordados os caminhos e os meios para o produtor independente desenvolver seu projeto.

Inscrições aqui.

Leia também: Espetáculo ‘Otelo, o Outro’ faz releitura da obra de Shakespeare no Centro Cultural São Paulo

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