Oito em cada dez traições amorosas têm início no ambiente de trabalho. É o que revela o especialista em saúde mental e relações humanas John Delony. Segundo ele, 85% das infidelidades começam entre colegas de profissão, impulsionadas pela convivência diária, pelo tempo compartilhado e pelos laços emocionais que se formam durante a rotina profissional.
De acordo com Delony, a linha entre a amizade e o envolvimento emocional é tênue quando há proximidade constante e ausência de limites claros. “Uma em cada cinco pessoas já confessou ter sido infiel com alguém do trabalho”, afirmou. O especialista explica que, quando o relacionamento dentro de casa se fragiliza, o ambiente corporativo pode se tornar um espaço onde a pessoa encontra atenção, empatia e validação emocional, fatores que acabam substituindo o vínculo afetivo original.

Delony reforça que a infidelidade raramente começa de forma física. “Na maioria das vezes, o processo é emocional. A confiança e o companheirismo diários podem evoluir para sentimentos mais profundos, sem que os envolvidos percebam o limite que está sendo ultrapassado”, alertou.
Além das consequências pessoais, o comportamento afeta também o ambiente de trabalho, gerando conflitos, queda de produtividade e perda de confiança entre colegas e gestores. Para o especialista, a prevenção começa na vida pessoal: “Fortalecer o diálogo e o vínculo emocional no relacionamento é o primeiro passo para evitar a busca de conexão fora dele.”
Mudanças de rotina, distanciamento afetivo, uso constante e secreto do celular, irritabilidade e falta de interesse em atividades em casal estão entre os sinais de alerta citados por especialistas em comportamento humano.
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Sinais de alerta
Embora alterações de comportamento não confirmem uma traição, podem indicar que algo não vai bem. Especialistas citam sinais como:
- Rotinas alteradas, com horas extras e compromissos incomuns;
- Uso secreto do celular e novas senhas;
- Irritabilidade e reações defensivas;
- Mentiras ou justificativas incoerentes;
- Mudanças na aparência e no interesse sexual;
- Gastos não explicados ou novos interesses isolados.
Delony conclui que o trabalho pode se tornar um campo emocional arriscado quando a relação está fragilizada, e que preservar os limites entre a vida pessoal e profissional é essencial para manter a confiança e o equilíbrio emocional no casal.