Quase 70% dos fluminenses aprovam a megaoperação policial que deixou mais de 120 mortos nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O dado é de uma pesquisa da Arrow Pesquisas, encomendada pelo Correio da Manhã, que ouviu 2.210 pessoas no dia 29 de outubro de 2025.
De acordo com o levantamento, 68,85% dos entrevistados disseram aprovar a ação, 24,43% a desaprovam e 7,72% se declararam indiferentes. A margem de erro é de 2,06 pontos percentuais e o nível de confiança, de 95%.

A pesquisa aponta que o apoio é maior no interior do estado (70,78%) do que na capital (66,92%). No Noroeste Fluminense, a aprovação chega a 84,72%, seguida pelas regiões Centro-Sul (82,93%) e Baía da Ilha Grande (72,31%). Já na capital, os bairros da Barra da Tijuca e Recreio (80,28%) e Grande Santa Cruz (79,17%) lideram o apoio, enquanto a Grande Tijuca (52,87%) e a Zona Litorânea (57,41%) concentram as menores taxas.
O estudo também mediu os sentimentos predominantes em relação à operação: esperança (41,92%), alívio (21,91%), medo (18,91%) e revolta (17,25%). O sentimento de esperança é mais forte no interior (43,76%) do que na capital (40,08%), enquanto o medo se concentra nas áreas mais próximas aos confrontos.
Apesar da ampla aprovação, a megaoperação foi criticada por parlamentares e organizações de direitos humanos, que classificam a ação como “política de extermínio”.
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Durante uma live no portal Notícia Preta, nesta sexta-feira (31), a deputada estadual Renata Souza (PSOL) criticou duramente o governo Cláudio Castro (PL):
“Não podemos achar que um massacre possa ser prática de governo. Toda chacina é uma política falida. O governador Cláudio Castro quer transformar a cúpula da polícia em projeto eleitoral. E você que está achando que isso foi um sucesso, eu só lamento.”
A parlamentar defendeu que o Estado adote políticas públicas de prevenção e inteligência, e não operações de confronto que resultam em dezenas de mortes e aumentam o sentimento de medo nas favelas.









