A prisão domiciliar, imposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, é considerada justa por 55% dos brasileiros, de acordo com uma pesquisa divulgada pela Genial/Quaest, nesta segunda-feira (25). Além da prisão decretada no dia 4 de agosto, Bolsonaro também está proibido de usar celular e receber visitas.
Já para 39% das pessoas ouvidas pelos pesquisadores, a prisão é considerada injusta. Outras 57% disseram que a participação de Bolsonaro em uma manifestação via chamada de vídeo foi proposital e com o intuito de provocar Alexandre de Moraes, ato que desencadeou a prisão por descumprimento de medidas cautelares, previstas em decisão expedida por Moraes alguns dias antes do fato.
Posterior a aplicação das medidas cautelares, instalação de tornozeleira eletrônica e aparições públicas do ex-presidente, a defesa alegou ao STF que houve dificuldade de compreensão das medidas impostas por Moraes, afirmação que também é apontada por 30% das pessoas que colaboraram com a pesquisa. Outras 13% não souberam opinar.
Outro fator constatado nas pesquisas, foi o crescimento do assunto no debate popular, visto que 84% dos brasileiros alegaram já ter conhecimento da prisão domiciliar. A percepção de que Bolsonaro teve participação na trama golpista cresceu; 52% disseram acreditar no envolvimento. Em outra edição da pesquisa, em março deste ano, esse número correspondia a 49% dos respondentes. Entre os que não acreditam nessa alegação, estão 36% e 10% não souberam opinar.
Na média, a aprovação das punições a Jair Bolsonaro, são de moradores do Nordeste, pessoas de baixa renda, mulheres e jovens de 16 a 34 anos e católicos. A negação dos fatores atribuídos ao ex-chefe de executivo está mais atrelada a fatia do público que votou em Bolsonaro no pleito de 2022 e evangélicos. A pesquisa ouviu 2.004 pessoas, com 16 anos ou mais, entre os dias 13 e 17 de agosto.
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