Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), a deputada Carla Zambelli (PL-SP) afirmou que perseguiu e sacou arma para o jornalista, Luan Araújo, porque teria ouvido um tiro e viu um “volume na cintura” do homem. O caso ocorreu em uma rua dos Jardins, São Paulo, na véspera do segundo turno da eleição que marcaria a derrota de Bolsonaro para Lula.
Carla responde a processo no STF por porte ilegal de arma. O depoimento foi revelado pela jornalista Andreia Saidi, do G1. No interrogatório ela teria dito que estava com um amigo policial e que havia sido ofendida pelo petista Luan Araújo. Durante a confusão, a deputada diz ter ouvido um tiro e viu seu amigo policial quase caído no chão e foi que então decidiu sacar a arma.
“Nesse momento eu me dei conta do tiro e de que Valdeci [o policial] estava caindo. Então, na hora eu liguei uma coisa com a outra”, disse Zambelli, que teria “certeza absoluta que era o Luan que tinha dado um tiro”, disse ela, que continuou:
“Até porque o Luan ele tinha um volume, mas outro rapaz também tinha um volume na cintura, o outro rapaz não conseguia identificar, mas o Luan principalmente tinha uma um volume bem grande na cintura” disse.
O disparo ouvido pela parlamentar teria vindo da arma do próprio amigo policial, conforme foi dito na época pelo advogado de Zambelli, Daniel Bialsk, ao Blog da Daniela Lima.
A deputada teria se ofendido também com um suposto xingamento, “te amo espanhola”, que teria sido dito por Luan. A referência deriva de uma briga que Carla teve com a ex-deputada federal Joice Hasselmann.
“Ela disse que em uma conversa entre ela e Bolsonaro, eles falaram que eu era prostituta na Espanha porque meu filho não tinha… eu não sabia quem que era o pai do meu filho. E aquilo ali me trouxe muita tristeza, porque o João tem trauma de não saber quem é o pai dele”, teria dito Zambelli chorando no depoimento.
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