Governo dos EUA investiga Harvard por discriminação racial

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Após três grupos que atuam em defesa de direitos civis apresentarem uma queixa contra a Universidade de Harvard, o governo dos Estados Unidos iniciou uma investigação para apurar se a instituição, uma das mais renomadas do país, comete discriminação racial em seu processo de admissão. A denúncia é que a universidade favorece a admissão de candidatos cujo os pais tenham estudado no local ou doado dinheiro à instituição.

O Departamento de Educação está investigando o caso. Os grupos que apresentaram a queixa argumentaram que a política adotada, chamada de admissão por legado, beneficia estudantes brancos, uma vez que a maior parte das universidades dos EUA começou a admitir alunos de grupos de minoria há pouco tempo.

Universidade de Havard, campus de direito /Foto: Unsplash

Os candidatos com ligação com ex-alunos ou doadores da Harvard College, a escola de graduação da Universidade de Harvard, são quase 70% brancos, e são de seis a sete vezes mais propensos a serem aceitos do que os candidatos regulares.

Essas estatísticas foram calculadas a partir de dados da admissão em Harvard, que se tornaram públicos a partir da decisão da Suprema Corte americana, que em junho deste ano, estabeleceu que as universidades não podem utilizar a raça como parâmetro em processos de admissão dos candidatos. A ação contra Harvard foi apresentada poucos dias depois da decisão da Suprema Corte.

Ainda sim, é esperado que o Departamento de Educação colete dados mais atuais no decorrer de sua investigação.

Em um comunicado, um porta-voz de Harvard não abordou a investigação de direitos civis, mas disse que a escola estava revisando aspectos de suas políticas de admissão, para garantir que possam continuar admitindo um corpo discente diversificado, mesmo após a decisão da Suprema Corte.

Harvard continua dedicada a… redobrar nossos esforços para encorajar estudantes de diferentes origens a se inscreverem para admissão“, afirmou a instituição.

Essa foi a segunda vez em um ano que a Universidade altera política sensíveis.

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